O caminho das transformações tecnológicas e digitais mostra um futuro claro: um mundo cada vez mais conectado, com indivíduos imersos em uma rede de contato com outras pessoas e máquinas. Tudo ao mesmo tempo.
Hoje esse tipo de conexão já existe, mas os potenciais das tecnologias mostram que as redes hiperconectadas são capazes de muito mais do que perguntar à Alexa qual a temperatura ou como está sua agenda do dia.
As redes hiperconectadas são um formato de interação entre mundo físico e virtual resultante da convergência de diversas tecnologias, principalmente as focadas na conectividade e no uso de dados, como a Inteligência Artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT).
A partir disso, cria-se um ambiente que conecta dispositivos, computadores, máquinas e, claro, o indivíduo no centro de tudo isso, apesar de ele nem sempre ser necessário para a tomada de ações. Isso porque essas tecnologias também têm potencial de automação, que as transformam em possibilidade de uso também para indústria.
Segundo o relatório As oito essenciais, da PwC Brasil, “novas tecnologias estão impulsionando a conectividade, com um processamento mais rápido do que nunca, e permitindo interações contínuas entre humanos e sistemas autônomos”.
Dessa forma, a relação entre indivíduo e mundo virtual tende a mudar cada vez mais no futuro, uma vez que as redes hiperconectadas prometem a realização de produção automatizada, mais segurança para as pessoas e, ainda, tornar o dia a dia mais facilitado a partir da integração de dispositivos.
Com a vida mais conectada, indivíduos passam a viver imersos em uma rede, conseguindo interagir com diferentes dispositivos e acessar o mundo virtual em questão de segundos, criando diversas funcionalidades a partir disso.
A importância do 5G para o avanço das redes hiperconectadas
Quando se fala em alta conectividade, a tecnologia 5G é apontada como primordial nessa discussão. Segundo a PwC, a “nova” internet será responsável por promover mudanças significativas em todos os setores da sociedade nos próximos anos.
O motivo para isso é sua alta velocidade, criada pelo uso de satélites específicos e ondas de uma frequência diferente das utilizadas hoje. Para se ter ideia, a velocidade atual (considerando o 4G) é de 20 megabytes/segundo (Mpbs), enquanto a de 5G pode chegar até 10 gigabytes/segundo (Gbps).
E mais do que rapidez, a tecnologia 5G, em pleno funcionamento, pode alcançar regiões em que as anteriores não conseguiam, tornando essa conectividade ainda maior e mais abrangente.
Tudo isso é essencial para promover essa integração e permitir o uso cada vez maior de dispositivos e máquinas automatizadas a partir da Internet. Com a velocidade atual, a conectividade entre redes ágeis acontece, mas não atinge todo o seu potencial de uso.
Dessa forma, o aproveitamento das redes hiperconectadas precisa ser pensado em conjunto com a tecnologia 5G. Segundo o relatório da PwC Brasil, as redes hiperconectadas contarão com “bilhões de endpoints (pontos de comunicação) conectados à IoT, combinados com nuvem, 5G e redes mesh (em malha) criarão redes estáveis, de alta velocidade e baixa latência, que servirão como rede central de infraestrutura em larga escala, tornando a conectividade onipresente”.
Com isso, a empresa afirma que a interação entre máquinas e pessoas poderá acontecer na mesma velocidade das interações humanas, ou seja, com respostas instantâneas, em milésimos de segundos.
Outras tecnologias utilizadas
Essa alta velocidade da internet 5G impulsiona diversas tecnologias, mas principalmente o uso da Internet das Coisas que é indispensável para a criação das redes hiperconectadas, uma vez que que conecta dispositivos e coloca o usuário imerso em um ambiente conectado.
Entretanto, ela não atua sozinha. Segundo a PwC Brasil, há ainda outras tecnologias envolvidas quanto o assunto é alta conectividade:
- Inteligência Artificial, que faz a leitura de dados e criação de padrões de comportamento, tornando as respostas tecnológicas mais eficazes com o tempo;
- Drones, que são permitem mapeamento e outras funções, alimentando softwares a fim de melhorar localização, sistema de entregas e interfaces imersivas;
- Blockchain, garante a segurança dos dados, evitando interferências entre setores ou até mesmo a invasão de sistemas.
Cada uma dessas tecnologias tem uma função, mas, em convergência, elas conseguem criar novos formatos a serem utilizadas tanto pelas indústrias em seus processos de produção e gestão, quanto pelas pessoas comuns em suas casas.
Os potenciais de uso das redes hiperconectadas
Segundo a PwC, em pesquisa realizada em 2018, 74% dos CEOs entrevistados na ocasião acreditavam que em um período de cinco anos teriam mudanças significativas envolvendo as tecnologias ditas como emergentes, como é o caso das citadas anteriormente. De acordo com os profissionais, tal mudança mudaria as relações de trabalho entre setores, além da concorrência dentro de mercados.
O prazo citado no levantamento ainda não acabou, mas já é possível perceber a utilização de tais tecnologias no dia a dia, principalmente no setor de produção. Entre os usos mais comuns das redes hiperconectadas, é possível citar a automação de máquinas com comandos à distância, sendo que a rapidez de resposta é essencial nesse caso, tornando o uso desses equipamentos mais seguro.
Um exemplo, são máquinas agrícolas trabalhando a partir do mapeamento de terrenos através de comandos remotos, sem a necessidade do controle humano direto.
Essa conectividade também tem potencial de uso em outros setores de produção, mas também pode contribuir com a área da saúde (como em cirurgias e exames), na educação, varejo, entre outros, incluindo o uso pessoal (carros automatizados, por exemplo).
Dessa maneira, as redes hiperconectadas, quando em pleno funcionamento, criarão uma rede ampla de automação e imersão, possibilitando, como apontam as análises da PwC, o uso de máquinas e dispositivos com a naturalidade de interação humana.
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