Os pedidos de recuperações judiciais requeridas bateram recorde histórico em setembro de 2016. Foram 244 requerimentos contra 137 no mês anterior e 147 em setembro de 2015. No acumulado do ano, até setembro, houve crescimento de 62,0% (1.479 ocorrências contra 913), em relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com setembro de 2015, o aumento foi de 66,0% (de 244 para 147).
Os dados são da pesquisa realizada pela Serasa Experian e mostram também que as micro e pequenas empresas lideram os requerimentos de recuperação judicial, entre janeiro e setembro deste ano foram 917 pedidos. Em seguida aparecem as médias (357) e as grandes empresas (205). Na apuração mensal, em setembro, as MPEs também ficaram na frente com 176 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 40, e as grandes com 28.
Para os economistas da instituição, esse recorde histórico dos pedidos de recuperações judiciais revela a gravidade da situação financeira das empresas brasileiras, especialmente a das MPEs. Enfrentando prolongada recessão, que deteriora o fluxo de caixa, combinada com adversas condições para créditos (juros altos e restrições de acesso), acabam tendo que recorrer ao instrumento da recuperação judicial como mecanismo de sobrevivência.
Os pedidos de falência foram requeridos por 1.405 empresas no País, entre janeiro e setembro deste ano, registrando um aumento de 6,0% em relação a igual período de 2015, quando foram registrados 1.326. Do total destes requerimentos, 740 foram de MPEs ante 691 no mesmo período do ano passado. Além disso, 328 foram de médias empresas (em igual período do ano passado, 310) e 337 pedidos de grandes empresas (em 2015, 325). As micro e pequenas empresas foram responsáveis pelo maior número de pedidos de falência em setembro (90). Em seguida, as médias, com 47, e grandes, com 49.
Por fim, de acordo com o levantamento, no acumulado do ano foram decretados 546 pedidos de falências, decréscimo de 17,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 659 solicitações. Em setembro de 2016 foram 64 pedidos, queda de 12,3% em relação a setembro de 2015, que apresentou 73 pedidos.