O Uber não para de surpreender e a novidade deve causar polêmica entre os caminhoneiros. No início da semana, a Otto (empresa de entrega com veículos autônomos e adquirida recentemente pelo Uber por US$ 670 milhões) realizou uma entrega de um carregamento de cerveja entre duas cidades. Até aí, nada de anormal. O detalhe: não havia ninguém no volante.
A carreta autônoma e vigiada por um caminhoneiro humano no assento ao lado rodou quase 200 quilômetros entre Fort Collins e Colorado Springs, no Colorado a uma velocidade de quase 90 km/h. Na boleia, uma carga de 50 mil latas da cerveja Budweiser.
Pode parecer estranho, mas é mais fácil um veículo autônomo percorrer grandes distâncias em uma estrada do que circular por dois ou três quarteirões do seu bairro. Isso ocorre porque o veículo está cheia de sensores e reage conforme o obstáculo que surge ao longo da via. Em uma rua qualquer de um subúrbio, existem farois, obstáculos, cruzamentos, bicicletas e o mais importante: pessoas. Assim, a carreta teria que reagir a uma quantidade maior de obstáculos, o que demandaria um esforço muito superior de processamento de informações e do próprio sensor.
Na estrada, esses obstáculos são menores. Afinal, é preciso dirigir um veículo quase em velocidade constante, sem semáforos ou seres humanos atravessando a estrada – ao menos nos EUA, claro.
O teste deu certo e o co-fundador da Otto afirma que a tecnologia está pronta. “A tecnologia está pronta para começar a fazer estes pilotos comerciais”, diz o co-fundador Otto Lior Ron. “Ao longo dos próximos dois anos, vamos continuar a desenvolver a tecnologia, por isso é realmente pronto para enfrentar qualquer condição na estrada.”Veja o vídeo demonstrativo (em inglês).
https://www.youtube.com/watch?v=Qb0Kzb3haK8
Com informações do WIRED