Quem ama Coca-Cola talvez nunca tenha parado para pensar no valor de uma das bebidas mais consumidas pelo brasileiro. Mas agora um levantamento divulgado pela plataforma de dados globais Numbeo revelou a variação no valor do produto em noventa e cinco países diferentes, incluindo o Brasil.
Por aqui o preço médio da Coca-Cola é US$ 1,17, o equivalente a R$ 4,42, sem impostos. Por conta destes números o país ocupa o 43º lugar da lista.
Em primeiro está a Suíça, onde o valor da Coca-Cola é o mais caro do mundo. Por lá a bebida custa US$ 4,02. O que significa que os suíços desembolsam cerca de R$ 15,19 pelo refrigerante.
Na sequência aparecem ainda Noruega e Dinamarca respectivamente, com preços que variam de US$ 3,34 (R$ 12,62) a US$ 3,33 (R$ 12,58). Já o Paquistão é o país em que é possível encontrar a bebida mais barata no planeta: US$ 0,24 (R$ 0,91).
A Coca-Cola que é a favorita dos consumidores de refrigerantes em boa parte do planeta domina mais de 55% do mercado apenas no Brasil. Não à toa o país é o terceiro no ranking dos que mais consomem o refrigerante no mundo. Por aqui são comercializadas mais de 13,3 bilhões de litros da bebida (tradicional, light e zero) por ano.
A COCA-COLA DOMINA MAIS DE 55% DO MERCADO DE REFRIGERANTES NO BRASIL
Além disso a Cuponation, uma plataforma de descontos online, reuniu os dados dos consumidores para saber quanto do salário do brasileiro é investido apenas na compra da Coca-Cola.
A ferramenta usou como base o salário mínimo de R$ 998 e o consumo de duas garrafas de 2L da bebida por semana ao custo de R$ 8,50 em media. Desta maneira estima-se que a população gaste cerca de R$ 68 por mês apenas com a compra de Coca-Cola, o que equivale a 6,81% da renda mensal.
E a saúde?
Estudo recente da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard concluiu ainda que os brasileiros estão entre os 10 maiores consumidores globais de refrigerantes no mundo. A pesquisa analisou mais de 37 mil homens e 80 mil mulheres ao longo de 30 anos e concluiu que consumo em excesso da bebida pode ocasionar risco de morte precoce por doenças cardiovasculares ou até câncer (apontado como uma incidência menor, mas possível).
“Em comparação com quem consume bebidas com adição de açúcar menos de uma vez por mês, o consumo mensal de uma a quatro dessas bebidas está associado a um aumento de risco de 1%. De duas a seis por semana, a um aumento de 6%. De um a dois por dia, a um aumento de 14%. De duas ou mais por dia, a um aumento de 21%”, afirmou em comunicado Vasanti Malik, pesquisador do Departamento de Nutrição de Harvard.
* Conversão dos valores da pesquisa feita no dia 26 de julho de 2019, com o dólar valendo R$ 3,78