Apenas 17% dos programadores brasileiros são mulheres. Um relatório da Unesco divulgado no final de 2018 mostra a dificuldade de mulheres entrarem no mercado da tecnologia e ciência.
A diferença salarial entre homens e mulheres persiste em muitos setores e elas seguem como minoria nas diretorias e nos conselhos das empresas. Em tecnologia e ciências, a discrepância aumenta. Pensando em mostrar que programação é sim para mulheres, o QuintoAndar lançou um curso na área específica para aquelas que se interessem em trabalhar com a linguagem.
O curso surgiu a partir dos esforços da empresa em trabalhar com diversidade, diz Késia Cristine, lead de Employer Branding da QuintoAndar.
“Quando olhamos para o mercado, as mulheres representam apenas 20% das posições ocupadas em tecnologia. Acreditamos que contribuir com a formação delas é uma forma de prepará-las e incentivá-las para ocupar cada vez mais espaços na área, não apenas aqui no QuintoAndar, aumentando esse índice de profissionais no país”, comenta.
Com duração de 10 semanas (dois meses e meio), o curso será realizado em encontros presenciais aos sábados em São Paulo, no escritório da startup. A grade de conteúdos técnicos será embasada na linguagem Java.
Porém, elas também aprenderão conteúdos como estrutura de dados, algoritmos e lógica de programação. O curso é totalmente gratuito e um certificado será emitido no final.
As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de agosto pela internet.
Assunto somente para homens? Não
Com apenas 20% das posições ocupadas em tecnologia, de modo geral, por mulheres, a desigualdade no setor é, segundo Késia, um reflexo estrutural da sociedade, que pode ser resolvido com investimentos em educação, capacitação e pesquisa.
Para ela, investir em diversidade é um pilar importante da cultura de qualquer empresa, inclusive o QuintoAndar.
“Quando olhamos para a empresa como um todo e para as posições de liderança, percebemos que já somos bem equilibrados em relação a gênero (50%/50%). Queremos contribuir para que essa equidade também aconteça em desenvolvimento de software, uma área super importante para a empresa. Resolvemos olhar para esse tema com bastante cuidado e o investimento em formação e capacitação foi uma das boas alternativas que encontramos”, completa a executiva.
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