O que se vê, hoje, é o que alguns chamam de crise econômica. Mas, o que é preciso enfatizar é a falta de educação financeira, independentemente de estarmos em um momento em que é preciso pensar antes de comprar ou investir.
Esse não é, nem de longe, o pior momento econômico já enfrentado pelo país. Mas, o ensinamento fica apenas na área histórica, não passa nem perto do ?setor? financeiro nas escolas do país: os consumidores têm encarado dificuldades para colocar a vida financeira em ordem.
Um estudo realizado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais revela que quatro em cada dez brasileiros inadimplentes não têm condições financeiras de pagar suas dívidas atrasadas em um intervalo de até três meses. Isso equivale a 45% da população.
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Quando questionados sobre os principais obstáculos para realizarem o pagamento dos débitos, a maioria dos consumidores justifica que a dívida contraída é muito superior aos seus ganhos mensais. Mas, há também aqueles que relutam em incorporar hábitos de economia no dia a dia, como deixar de consumir produtos que gostam.
“A resistência em cortar despesas e em mudar o padrão de consumo, abrindo mão de pequenos prazeres, são alguns dos erros mais comuns para quem precisa sair do vermelho. O dado revela um comportamento imprudente e de alto risco para as finanças”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
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Na comparação entre 2014 e 2015, o valor médio das dívidas em atraso passou de aproximadamente R$ 4 mil para R$ 5,4 mil, o que representa um aumento real, já descontada a inflação, de 23%. Ao cruzar os valores médios dos compromissos pendentes e a renda média dos entrevistados, a pesquisa verificou que o montante das obrigações financeiras representa duas vezes e meia o valor da renda familiar mensal no país.
Ao considerar, por exemplo, as famílias que têm uma remuneração de um a dois salários mínimos (entre R$ 789 e R$ 1.576,00), a dívida equivale a quase quatro vezes o valor da renda (R$ 4,4 mil). O mau uso do chamado ‘dinheiro de plástico’ é o principal responsável pela inadimplência do consumidor brasileiro.
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“Para quem sabe utilizar com prudência, o cartão de crédito pode ser um grande aliado porque traz conveniência e segurança. O grande erro é não quitar o valor integral da fatura e cair no efeito bola de neve do rotativo”, afirma a economista.
Confira no infográfico abaixo mais resultados sobre a pesquisa.
Com informações da Assessoria de Imprensa SPC Brasil.