Descobrir hábitos e preferências de conteúdo no consumo de áudio digital abre mais uma via de aproximação entre marcas e consumidores. Com a revolução na forma de ouvir música com os algoritmos e a ascensão dos podcasts dos últimos anos, as plataformas de áudio se tornaram um lugar para seduzir com anúncios ao pé do ouvido. Isso é o que mostra um estudo da Audio.ad sobre as variações nos parâmetros de escuta dos ouvintes, que revela que 40% dos brasileiros já compraram depois de ouvir anúncios em áudio.
Outra boa notícia que acompanha o volume de consumidores que compram ao ouvir anúncios em áudio é que a porta está realmente aberta para as propagandas, uma vez que 70% dos ouvintes não pagam por assinaturas que cortam publicidade.
A pesquisa sobre consumo de áudio digital no Brasil revela ainda que tipo de produtos e serviços o ouvinte compra graças aos anúncios nas plataformas. São eles:
- Roupas e sapatos (27%)
- Eletrodomésticos (26%)
- Produtos tecnológicos (22%)
- Itens de supermercado (22%)
- Educação (21%)
- Eventos (17%)
- Carros ou motos (17%)
- Seguros (16%)
- Produtos de turismo (14%)
- Produtos bancários (12%)
- Soluções de investimentos (11%)
O perfil do consumidor que compra depois de ouvir anúncios nas plataformas de áudio se concentra nas idades entre 25 e 44 anos, sendo os smartphones o dispositivo mais usado, correspondendo a 82% das escutas que levaram a compras. Para se ter uma ideia, o segundo dispositivo onde mais se conecta a plataformas de áudio é o computador pessoal, com 13%.
Conteúdos
O consumidor que compra a partir de anúncios nas plataformas de áudio está ouvindo sobretudo música, rádio e podcast. Ainda que o podcast seja o conteúdo menos escutado, este apresenta potencial para as marcas se aproximarem dos consumidores. De acordo com a pesquisa, metade dos ouvintes acompanha podcasts de uma a três vezes por semana.
A maioria dos ouvintes de podcast acessa o Spotify para seus programas, enquanto um quarto entra diretamente no site ou aplicativo do podcaster. Os tipos de podcast mais consumidos são de música e de humor, mas também há boa preferência por saúde e bem-estar, além de notícias.
Se o Spotify ganha como plataforma de podcasts, marcas que queiram focar em conteúdo musical devem se atentar para o Youtube, na verdade. De acordo com a pesquisa, o consumo de música online é de 63% nele, frente aos 23% no Spotify e 11% no Google Play.
Mas quando o assunto é rádio, nem Spotify e nem Youtube, pois os ouvintes entram ou diretamente no site ou app da estação ou em plataformas de estações de rádio.
Para o estudo da Audio.ad, mil pessoas entre homens e mulheres acima de 18 anos responderam a questionários em janeiro deste ano.
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