A pimenta da Chilli Beans é reconhecida mundialmente. Também, não dá para ser diferente. Ela está cravada em todas as lojas da marca, que, atualmente, são 700, mas podem ser 1.200 nos próximos quatro anos. Essa é a meta e, aparentemente, será cumprida. Neste ano, a Chilli Beans desembarca no Oriente Médio e na Tailândia. Mas qual é o segredo para tanto sucesso?
Gente. E paixão. Essa foi a resposta apresentada por Caito Maia, presidente e fundador da empresa, durante o painel “Embaixadores de Marca: como pessoas apaixonadas podem garantir resultados”, nesta manhã, no BR Week. “O produto sempre vai precisar de gente para contar a história que tem por trás dele”, afirma Maia.
Ao longo do painel, Caito Maia fez o que sabe melhor: cativar o público. Entre fotos com os presentes e cases da empresa, ele mostrou como a participação do consumidor e dos colaboradores pode ser fundamental para agregar valor à marca, algo muito importante nos dias de hoje.
Com a experiência de quem começou do zero duas vezes (começou vendendo óculos para empresas, levou calote, quebrou e recomeçou no Mercado Mundo Mix, onde nasceu a Chilli Beans), revelou que a empresa não para de crescer, apesar da crise. Esta palavra, aliás, não foi mencionada. Até porque ele quer crescer mais.
“Vendemos 3,5 milhões de óculos escuros ao ano, somos primeiro lugar no Brasil. O fluxo no PDV é grande. Contratei uma empresa de shopper e consegui implantar duas inovações simples, que já me provaram aumentar o faturamento entre 8% a 10%”, diz Caito Maia. As inovações? Separar os óculos por ocasião (casual, básico, fashion e esportivo) e colocar uma mesa de valorização dos lançamentos, que são muito. Toda semana as lojas de todo o Brasil recebem dez novos modelos de óculos escuros, fora relógios e óculos de grau. Este produto, aliás, está na mira dos próximos investimentos.
Além disso, todo mês, são pelo menos 50 novos candidatos a abrir mais uma franquia. A previsão é de abrir 100 novas lojas este ano. Ou seja, O modelo de negócios vem dando certo e a Chilli Beans chegará a dois novos mercados inusitados. “Vendemos a franquia para um sheik e teremos 14 lojas no Oriente Médio. Além disso, três lojas na Tailândia. Vamos enfrentar o desafio de vender para um público diferente”.
Um dos segredos, segundo Caito Maia, é conhecer o negócio a fundo. “Eu visito 200 lojas por ano. Das 700 lojas que tem no mundo, conheço 550. No PDV, conversando com gerentes e vendedores, dá para aprender muito e entender o que está acontecendo”, diz.
Quando o assunto é design, a ideia é contar uma história própria, forçando a equipe de desenvolvimento a conhecer lugares diferentes das lançadoras de moda tradicionais, Paris e Milão. Ou ainda realizar parcerias que contem histórias, como com a cantora Rita Lee.
Com ações como um cruzeiro onde cinco mil pessoas (2500 da Chilli Beans e 2500 pagantes), que funciona como uma verdadeira convenção da empresa, a marca realmente está no gosto do público. Não à toa, muitos têm a pimenta ou modelos de óculos grudados na pele. Literalmente.