O vegetarianismo vem ganhando força no Brasil. O número de pessoas que decidiram cortar as carnes do cardápio cresceu 100% em apenas seis anos em regiões metropolitanas. Uma pesquisa do IBOPE Inteligência mostrou que quase 30 milhões de brasileiros dizem ser vegetarianos. O número é maior que a soma das populações da Austrália e Nova Zelândia.
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O levantamento mostrou que o número de adeptos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife dobrou desde 2012. Nestes locais, 8% da população era vegetariana. Hoje, 16% dos moradores destas regiões têm o hábito de não incluir nenhum tipo de carne nas refeições.
Vegetarianismo em alta
Com o crescimento no número de vegetarianos, houve também um aumento no interesse por produtos veganos (que são livres de qualquer ingrediente de origem animal). Entre todos os entrevistados, 55% declararam que consumiriam mais produtos veganos se houvesse uma indicação melhor nas embalagens. Nas capitais, esta porcentagem sobe para 65%.
No ano passado, uma pesquisa do Datafolha mostrou que 63% dos brasileiros querem reduzir o consumo de carne. Estima-se que o mercado de produtos veganos cresça de 25% a 40% ao ano. Os dados revelam que o vegetarianismo está deixando de ser um mito e hábito seguido apenas pelos mais radicais.
Investimentos
O hábito de eliminar as carnes do cardápio é cada vez mais bem visto tanto pela população global quanto pelas grandes empresas. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório afirmando que comer 50 gramas de carne processada diariamente pode aumentar em até 18% as chances de câncer.
As empresas também entendem o valor de hábitos mais sustentáveis. Bill Gates, fundador da Microsoft e homem mais rico do mundo, investiu em startups de hambúrgueres vegetarianos. O co-fundador do Google, Sergey Brin, financiou um projeto alternativo à maneira como a produção de carne é feita atualmente.