A mudança está sendo impulsionada pela revolução digital e a forma como os consumidores interagem com o varejo, se transformando diante de nossos olhos. Por centenas, talvez milhares de anos, o varejo permaneceu como um simples negócio de compra e venda que só mudou com o desenvolvimento da produção em massa de bens.
Em seguida, surgiu a internet e com ela vieram as empresas que muitos agora chamam de ?disruptoras? ? aquelas que quebraram todas as antigas regras de engajamento e se conectaram diretamente com os consumidores por meio desse novo canal de comunicação. Amazon, Google, Facebook, Twitter, Instagram. Essas e muitas outras têm desenvolvido novos canais e ferramentas para que possamos acessar mais informações e nos comunicar uns com os outros, e com as marcas, cada vez mais rápido e onde quer que estejamos.
O computador desktop já perdeu seu apelo em favor do smartphone e do tablet. Essa revolução signifi cou que os varejistas, ou qualquer negócio voltado ao consumidor, tiveram de aprender a adaptar-se às novas regras e encontrar novas maneiras de se comunicar com os seus clientes. Nas economias ocidentais, como Europa e América do Norte, o crescimento do varejo on-line de repente tornou grande parte do seu espaço físico, suas lojas, não rentável.
Para muitos mercados de alto crescimento, como China e Índia, os varejistas continuam a correr para abrir lojas, enquanto seus clientes preferem acessar pelos smartphones. China parece destinada a ultrapassar os EUA como o maior mercado de comércio eletrônico do mundo em 2016, de acordo com o grupo de pesquisa eMarketer. Milhões de indianos sem acesso a lojas modernas de varejo podem agora encomendar produtos por meio de seus smartphones. Todas essas tendências terão um impacto fundamental sobre anatureza das compras.
Ao olharmos para os próximos 12 meses, é fácil prever que esse ritmo de mudança vai continuar e até acelerar. Na maioria dos mercados em todo o mundo, os varejistas admitem que o novo desafio é garantir que todos os seus canais de comercialização estejam conectados e coesos. Os consumidores não distinguem entre os canais, eles querem a mesma experiência com marcas no seu celular, tablet ou no interior da loja.
O perigo, porém, é enxergar isso como uma solução tecnológica e não humana. O varejo existe para servir as necessidades e os desejos dos clientes. Para satisfazer ?desejos? tem de haver inspiração e emoção. É necessário explorar as boas e antigas técnicas de varejo para venda e propaganda. O que é interessante é ver quantas novas soluções de tecnologia estão começando a surgir, que procuram ajudar a adicionar aquele toque humano.
Personalização de mensagens de marketing, capacidade de reconhecer o retorno de um cliente fiel por meio de seu smartphone e produtos customizados são apenas algumas das novas áreas de desenvolvimento que vão ajudar a conectar o mundo físico do varejo ao mundo online. É o novo campo de batalha do varejo.
Será impossível ficar à frente do ritmo de mudança, mas o que estamos vendo é o primeiro vislumbre de como começa a se parecer o futuro do varejo