A pluralidade dentro das equipes de trabalho propicia um ambiente rico e colaborativo, capaz de olhar para cada consumidor e compreender suas necessidades de forma empática e criativa. De acordo com a pesquisa “Diversity Wins” (A Diversidade Vence, em tradução livre para o português), da McKinsey, empresas com diversidade étnica têm rentabilidade 36% maior do que organizações que não dão importância a essa questão.
Agora, imagine os possíveis resultados de empresas que trabalham a inclusão em diferentes frentes – gêneros, social, de pessoas com deficiência, etc. Não à toa, os investimentos em diversidade tem sido cada vez maiores, e a tecnologia tem impulsionado isso. Como é o caso do ICOM, uma plataforma que oferece tradução simultânea de Libras, a língua brasileira de sinais, e está proporcionando uma melhor integração de pessoas surdas dentro das equipes de trabalho.
No Brasil, segundo dados do IBGE, 10 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência auditiva, sendo 2,7 milhões a surdez profunda. Elas enfrentam sérias barreiras linguísticas e comunicacionais no dia a dia, principalmente pelo fato de a Língua Brasileira de Sinais (Libras) não ser dominada pela maior parte das pessoas ouvintes. Isso se reflete dentro do mercado de trabalho.
Mas, ferramentas que facilitam a comunicação estão mudando essa realidade. É o que conta Lincoln José da Silva Júnior, colaborador surdo da CNH Industrial, empresa que utiliza a plataforma do ICOM no dia a dia: “Passei a pandemia utilizando máscara, como mais dificuldade ainda na comunicação. Agora, estou muito feliz porque os meus colegas e gestores conseguem me entender, e eu consigo entender eles.”
O sentimento é compartilhado por Gislene Gomes de Oliveira, outra colabora surda da empresa. “Ficou mais fácil de entender os processos e do meu líder me entender. Toda sexta-feira eu tentava ensinar palavras novas em Libras para a equipe, para que eles pudessem entender a língua de sinais, mas agora, com a plataforma, estamos muito mais próximos”, conta.
Faz parte da cultura empresarial
Para que a inclusão ocorra de fato, é preciso fazer com que as pessoas se sintam confortáveis em serem quem são e desenvolvam senso de pertencimento. Essa preocupação precisa fazer parte da cultura das empresas – estratégia adotada dentro da Mondeléz.
“Para que o profissional surdo seja verdadeiramente parte do time, atuamos para transformar o nível em nossa cultura, envolvendo todos os colaboradores em nossa cultura de inclusão, com o objetivo de tornar toda a comunicação sem barreiras”, conta coordenador de Projetos na Mondeléz.
Nesse sentido, facilitar a comunicação para pessoas surdas tem sido o caminho para gerar mais oportunidades para elas dentro do mercado de trabalho. “Quando a pessoa surda tem autonomia para acessar uma ferramenta e comunicar-se com os colegas no momento que deseja, ela passa a ter a mesma realidade de pessoas ouvintes, usuárias do português. Assim, deixamos de olhar para ela apenas como uma pessoa com deficiência e conseguimos engajá-la, estimulá-la a participar ativamente do crescimento da empresa”, explica Joanderson Floriano, analista de Customer Success do ICOM.