Cerca de 30% dos empresários brasileiros disseram ter percebido piora em seus negócios ao longo de 2017. Mais de dois terços, portanto, apontam que o cenário melhorou ou se manteve estável. O número mostra uma melhora em relação a 2016, quando 48% dos empresários diziam registrar um ambiente pior em relação ao ano anterior.
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O otimismo ainda inspira cuidados. Para manter eficiência no negócio, 40% dos empresários disseram ter feito reajustes no orçamento ao longo de 2017, mas esse percentual também diminuiu frente a 2016, quando 48% tiveram de adaptar a empresa para tempos mais difíceis.
Quem mais sofreu com os ajustes foi o trabalhador. Nas empresas impactadas pela crise, 52% reduziram funcionários, o principal corte. Em seguida, vem redução em água e luz para 28% das empresas. Serviços de telefonia foram reduzidos em 25% dos negócios.
A pesquisa é realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país.
Endividamento e crédito
Para 15% dos empresários, a crise resultou em vários meses de contas em atraso. Resultado melhor que o registrado em 2016, quando o número foi de 22%. Além disso, 14% tiveram de reduzir o mix de produtos e serviços que oferecem aos clientes.
“O endividamento é um grande obstáculo para qualquer empreendedor porque diminui a capacidade de contratar crédito e expandir as atividades. Em alguns segmentos, o acesso ao crédito é fundamental para a sobrevivência da empresa. Para quem está nessa situação, é preciso traçar o quanto antes um plano de pagamento da dívida, buscando taxas de juros menores e prazos adequados, pois isso coloca em risco a continuidade dos negócios”, alerta a economista Marcela Kawauti.
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