Em julho, o número de pedidos de falência subiu 9,2%, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo indicador divulgado hoje (8) pela Serasa Experian. Ao todo, foram 189 pedidos, contra 173 de julho de 2015.
Na comparação com junho, porém houve queda de 3,1% nos requerimentos. No acumulado dos sete meses do ano, o número de pedidos cresceu 9%. Ao todo, foram 1.058 falências requeridas, contra 971 do mesmo período do ano passado.
Segundo os economistas da Serasa Experian, apesar de alguns sinais tênues de recuperação, o baixo dinamismo econômico e as altas taxas de juros continuam pesando sobre a saúde financeira das empresas, acarretando elevadas quantidades de pedidos de falências e de recuperações judiciais.
Quem liderou o pedido de falências em julho foram as micro e pequenas empresas: do total de 189 pedidos, elas foram responsáveis por nada menos que 108 requerimentos, seguidas pelas grandes empresas, com 44 pedidos, e das médias, com 37 pedidos.
Considerando o total de pedidos entre janeiro e julho, mais uma vez, as pequenas representaram grande parte dos pedidos: foram 559 do total, seguidas pelas grandes companhias, com 251 pedidos e das médias, com 248 pedidos.
Considerando as falências de fato decretadas: foram 67 em julho e 411 entre janeiro e julho.
Entre os pedidos de recuperação judicial, foram 175 pedidos em julho, uma alta de 4,2% em relação a junho, e um aumento de 29,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado – o resultado é o maior para o mês de julho, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências, em junho de 2005.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial em julho de 2016, com 122 pedidos, seguidas pelas médias (36) e pelas grandes empresas (17).
No acumulado do ano, já são 1.098 pedidos de recuperações judiciais, 75,1% a mais do que o registrado no mesmo período em 2015. De janeiro a julho de 2015, foram 627 ocorrências contra 476 em 2014.