Trânsito, falta de vagas para estacionar e filas para pedir nos restaurantes são os principais vilões dos paulistanos. O mito de que os nascidos em São Paulo adoram uma fila já caiu por terra há anos. Uma pesquisa feita em 2014 pelo Datafolha, com 805 moradores da capital, mostra que 76% dos entrevistados já desistiram de alguma atividade para terem que aguardar por muitas horas.
Por isso, as soluções tecnológicas que ajudam a otimizar tempo já se tornaram uma tendência por aqui. Seja para pegar um taxi, pedir comida em casa ou até mesmo para fazer um pedido na praça de alimentação antecipadamente, sem precisar gastar tempo esperando para ser atendido, os aplicativos de autoatendimento estão pouco a pouco ganhando espaço no dia a dia dos habitantes de São Paulo.
Embora a velocidade com que isso vem ocorrendo nos últimos anos seja relativamente lenta perto de outros países, é possível notar que muitas pessoas estão abertas a ter novas e melhores experiências. E por isso, não tenho dúvidas de que essa é a realidade que nos espera.
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Vamos olhar para os Estados Unidos, por exemplo, onde o mercado de self-attendance é extremamente evoluído e começou há muito tempo. Algumas situações já são icônicas e muito admirada por brasileiros que lá visitam, como a facilidade e comodidade de uma compra realizada na Amazon e o imediatismo na retirada de um café do dia a dia comprado pelo aplicativo em uma loja do Starbucks.
Isso só nos mostra que ainda há muito a ser explorado nesse mercado em nosso país e tenho convicção que as plataformas de autoatendimento se tornarão uma necessidade por aqui, principalmente nas grandes capitais, onde o fluxo de pessoas em todos os ambientes é bastante alto.
Sim, já temos iniciativas, mas estamos apenas começando quando comparado aos EUA. Ótima notícia, já que significa que há um vasto campo para ser trabalhado e muita facilidade ainda a ser inserida nas experiências diárias da nossa sociedade.
Mas e agora, o que falta? Para chegarmos lá, o caminho não é simples, pois o autoatendimento traz sempre consigo uma mudança de hábito e, por isso, o grande desafio é fazer com que as pessoas experimentem pela primeira vez. Dessa forma, após usufruir de tecnologias que proporcionam comodidade e rapidez no atendimento nos estabelecimentos, a conversão torna-se muito mais fácil. Afinal, o que cada vez mais queremos é ter praticidade na hora de realizar as atividades cotidianas.
Dito tudo isso, acredito que a tecnologia já se tornou uma grande aliada na transformação das atividades comuns da nossa rotina e a grande questão é saber como usá-la em benefício de todos. E o que posso afirmar, com certeza, é que os paulistanos estão cada dia mais atentos e a máxima agora passou a ser “quanto menos fila, melhor”.
*Rafael Arb é CEO do VocêQpad, aplicativo de autoatendimento que permite o seu usuário pedir e pagar por refeições fora de casa diretamente de um smartphone.