O uso de novas tecnologias, muitas delas para o ingresso no mundo digital, é quase um dever para muitas empresas. No entanto, isso não deve ser feito a qualquer custo ou de qualquer maneira. É preciso adotar uma estratégia para definir a melhor solução para determinados fins. Em linhas gerais, esse foi o recado dos palestrantes presentes no painel do BR Week “No Centro de Tudo: Tecnologias imperceptíveis veis que trazem inovações para o varejo”.
O mediador do painel, Rubens Panelli Jr., sócio-diretor da Panelli e Associados, destacou no início do painel que boa parte das implementações das tecnologias fracassaram em diversas brasileiras e outras mundo afora. E, segundo ele, isso ocorreu por três motivos. “O primeiro é a falta de sintonia com a área de TI com a ambição estratégica da empresa, Segundo, a falta de funcionário capacitado para dar andamento nos processos e, por fim, a falta de participação dos usuários”, afirma.
Em seguida, ele questionou Vinicius Tadeu Flores, Head de Automação PedidosJá (empresa que oferece cardápios e aproxima via aplicativo o consumidor dos restaurantes), sobre o relacionamento da empresa, totalmente digital, com os restaurantes, normalmente analógicos. “É um mercado bastante carente. Está na hora de pensarem também em tecnologia. Esse é o nosso grande desafio. O que fazemos é ajudá-los a melhorar os processos deles para atender a demanda que surge a partir do nosso aplicativo”, afirma.
Outro palestrante, Felipe Dellacqua, sócio-diretor VTEX, afirma que o primeiro desafio na oferta de soluções digitais é entender onde e com quem investir. “Normalmente, procuramos entender os três principais de empresas em transformações. Normalmente são: falta de fluxo, falta de conversão e não tem margem operacional ou não tem lucro”, explica Dellacqua.
Wi-fi: o primeiro passo
Panelli questionou sobre o primeiro passo do varejo físico no mundo digital para os demais palestrantes. E, segundo Tadeu Flores, a primeira iniciativa é entender que o universo do consumidor passa necessariamente pelo smartphone. “Por isso, oferecer o wi-fi na loja física deveria ser uma primeira iniciativa do varejo. No mundo físico dados sobre a visita do cliente se perde. No digital isso não acontece. Eu armazeno dados e sei que ele visitou, mas não comprou nada. Na segunda oportunidade, eu posso tentar uma nova estratégia”, afirma Flores, que completa: “Não é uma estratégia de longo prazo. São coisas simples e fáceis de implantar”, afirma.
Outra iniciativa para o ingresso no mundo digital é a contratação de profissionais inseridos dentro desse contexto digital e que possam manusear de modo natural essas novas ferramentas. “Infelizmente, o Brasil é carente de profissionais de tecnologia. Mas a crise criou uma série de oportunidades. Primeiro, a crise veio para profissionalizar o mercado e, assim, acabar com o amadorismo do varejo”, afirma Dellacqua.
O passo a passo do uso das novas tecnologias no varejo
Uma coisa é certa: embora tardio, o varejo despertou para o uso de novas tecnologias. Mas onde aplicar essas soluções dentro da loja?
- Ivan Ventura
- 3 min leitura
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