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Pandemia induz confiança à negligência com segurança digital

Pandemia induz confiança à negligência com segurança digital

Estudo da IBM recomenda que empresas repensem sua segurança considerando o uso crescente e mutável das plataformas digitais

Estudiosos da educação com mídias digitais já sabem que, em termos bem gerais, quanto mais jovem, maior a receptividade à inovação. E, quanto mais idade, menor a preferência pelo digital. Mais interessante é que pesquisas acadêmicas e de mercado estão mostrando um fenômeno acontecendo na pandemia: ao passo que a gama de a aceitação a tecnologias inovadoras aumenta, maior a negligência com segurança digital. Especula-se que a maior naturalidade para acessar contas bancárias através de informações pessoais e senha não tenha uma relação tão direta com a idade, mas sim com os meios de vida.

A super hiper conectividade da vida está levando as pessoas mais inseridas na economia digital do século 21 a baixar a guarda na segurança digital. A preferência por conveniência está ofuscando as precauções e preocupações com a segurança e a privacidade — o que leva à escolha de senhas inseguras e de comportamentos inconsistentes relacionados à segurança cibernética. É o que diz uma pesquisa global da IBM Security feita com 22 mil pessoas sobre comportamentos digitais do consumidor durante a pandemia e o impacto deles no longo prazo.

O estudo alerta que a negligência com segurança no ambiente digital em meio às inovações tecnológicas adotadas pelas empresas durante a pandemia pode aumentar as brechas para que criminosos e pessoas mal intencionadas promovam ataques cibernéticos, fazendo vítimas nos momentos de lazer ou no trabalho.

Os efeitos da pandemia sobre comportamento de segurança

A pesquisa global que incluiu voluntários brasileiros identificou três grandes efeitos da pandemia sobre os comportamentos relacionados à segurança do consumidor:

  • Banalização de contas: os consumidores não hesitam muito ao abrir uma conta online. De acordo com a pesquisa, no Brasil, por exemplo, as pessoas criam em média 17 novas contas online durante a pandemia, fazendo parte das bilhões de novas contas digitais ao redor do mundo. Delas, 45% nem pensam em deletar ou desativar novas contas. O estudo alerta para a pegada digital que o comportamento deixa, o que aumenta as chances de ataques de cibercriminosos.
  • Fadiga e repetição de senhas: o aumento na quantidade de contas digitais, por conseguinte, levou a negligências com as senhas. A pesquisa aponta que 82% dos respondentes reutilizam credenciais pelo menos algumas vezes.
  • Conveniência em detrimento da segurança e da privacidade: 40% dos brasileiros abaixo dos 35 anos, sobretudo os millennials (41%), preferem fazer um pedido usando um aplicativo ou site potencialmente inseguro em vez de ligar ou visitar um local pessoalmente — o que abre brechas para fraudes.

 

O estudo alerta que este comportamento vai desde pedidos de serviços e produtos nos marketplaces até procedimentos para atendimento de telemedicina.

“A pandemia tem causado um aumento de novas contas online, mas a crescente preferência da sociedade pela conveniência digital pode ter um custo para a segurança e privacidade de dados”, afirma Charles Henderson, parceiro de gerenciamento global e head da IBM Security X-Force.

“As organizações devem agora considerar os efeitos dessa dependência digital em seu perfil de risco de segurança. Com as senhas se tornando cada vez menos confiáveis, uma forma como as organizações podem se adaptar, além da autenticação de múltiplos fatores, é optar por uma abordagem de ‘confiança zero’: aplicar inteligência artificial e analítica avançada em todo o processo para detectar ameaças potenciais, em vez de assumir que um usuário é confiável após a autenticação.”

Facilidade no acesso à conta

A pesquisa aponta comportamentos de consumo majoritários que influenciam o tratamento geral com a cibersegurança no momento atual e no futuro. Quanto mais as interações são digitais e em mais áreas da vida, mais expectativas quanto à facilidade de acesso e uso.

Entre as principais expectativas de facilidade no acesso está a “regra dos 5 minutos” como tempo máximo para configurar uma senha digital — ao menos para dois terços dos pesquisados no Brasil (63%). Ainda assim, cerca de dois terços das pessoas pesquisadas globalmente utilizaram a autenticação de múltiplos fatores — o que ajuda a mitigar riscos de contas comprometidas.

E o comportamento das empresas?

Diante do comportamento dos consumidores em relação à segurança digital — que também tem sido moldado pelo advento dos serviços digitais de informação e prevenção de Covid-19 —, o estudo da IBM sugere como as empresas podem se adaptar à mudança nas atitudes dos consumidores em relação à segurança. Como recomendação, a investigação aponta quatro pontos de atenção:

  • Abordagem “confiança zero”: já que as vulnerabilidades aumentam, é importante considerar evoluir para uma abordagem de segurança de “confiança zero”. O estudo descreve tal como aquela que opera sob a suposição de que uma identidade autenticada ou a própria rede já pode estar comprometida e, por isso, valida continuamente as condições de conexão entre usuários, dados e recursos. Dessa maneira, a abordagem fortalece sua capacidade de determinar a autorização e a necessidade de acessar as informações. Para evoluir para essa abordagem, as empresas precisam unificar seus dados de segurança e foco, com o objetivo de englobar o contexto de segurança em torno de cada usuário, de cada dispositivo e de cada interação.
  • Modernizando o IAM do consumidor: para as empresas que querem continuar alavancando os canais digitais, é importante um processo de autenticação contínua. Para isso, é necessário investir em uma estratégia modernizada de Gestão de Identidade e Acesso do Consumidor (CIAM), que pode ajudar a aumentar a interação digital com analítica comportamental para ajudar a diminuir o risco de fraudes.
  • Proteção de dados e privacidade: com mais usuários, mais dados sensíveis. Sendo assim, as empresas devem considerar bons controles de segurança de dados e capacidades de detecção de atividades suspeitas. As empresas devem também implementar políticas de privacidade adequadas tanto em sua infraestrutura local quanto em nuvem.
  • Colocar a segurança em teste: com o uso crescente e mutável das plataformas digitais, é preciso testar as estratégias. Reavaliar a eficácia dos planos de resposta a incidentes e das aplicações de teste para vulnerabilidades são fundamentais.

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