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Maioria dos pais não utiliza tecnologia para monitorar a vida digital dos filhos

Maioria dos pais não utiliza tecnologia para monitorar a vida digital dos filhos

Pesquisa aponta que pais e mães brasileiros estão confiantes sobre seus conhecimentos em segurança online, mas ficam pouco de olho no que os filhos assistem

O uso de recursos digitais, gadgets e telas por crianças e adolescentes é um tema que levanta polêmica e, não por acaso, divide opiniões. Mas como pais e mães agem em relação a isso? Os dados mostram que a maioria deles utiliza métodos mais simples para isso: apenas 17% dos pais e mães utilizam ferramentas de controle parental para monitorar o comportamento dos filhos na internet, enquanto 49% supervisionam as crianças enquanto navegam e 43% consultam o histórico de páginas visitadas após o uso.

As informações são da pesquisa “Hábitos digitais de crianças e adolescentes”, realizada pela consultoria Nielsen sob encomenda para o Google Brasil, com o objetivo de identificar as preocupações dos pais em relação à segurança na internet e pesquisar os diferentes comportamentos dos internautas mirins de acordo com as diferentes faixas etárias. O levantamento entrevistou 1.820 mães e pais com filhos de três faixas etárias – cinco a oito anos, nove a 12, e 13 a 17 anos de idade – de todas as regiões do país.

“A maioria das técnicas de controle parental são feitas sem a ajuda da tecnologia. Isso chama bastante a atenção, porque um dos outros pontos descobertos pela pesquisa é que a maioria das demandas dos pais estão alinhadas com as funcionalidades dos principais aplicativos de controle parental, como o Google Family Link”, afirma Nathalia Guimarães, especialista da Nielsen. Segundo o levantamento, as técnicas mais utilizadas são bloqueio de conteúdos e de sites, para 57% e 56% dos pais, respectivamente. Além da supervisão ao vivo, ou seja, durante a navegação (49%), e consultando o histórico (43%).  “A pesquisa também indica que há espaços para aprimorar o nível de compreensão dos pais sobre cibersegurança.”

As principais preocupações de pais em relação à navegação dos filhos na internet são o compartilhamento de dados pessoais, a possibilidade de serem vítimas de golpes, e o risco de serem alvo de assédio nas redes, nesta ordem. No entanto, para pais com crianças entre cinco e oito anos de idade, o assédio é a segunda maior inquietação.

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Para alertar sobre os perigos e riscos que crianças e adolescentes podem encontrar enquanto usam a internet, 87% dos pais e mães conversam com seus filhos, 43% fazem pesquisas na internet para entender como podem aprender mais sobre segurança digital.

Os pais e mães das Regiões Norte e Nordeste são os que mais acompanham a navegação dos filhos na internet. Em média, 60% dos pais do Brasil inteiro afirmaram que supervisionam a navegação dos filhos a todo momento. Já 36% afirmam que monitoram algumas vezes. Apenas 4% afirmaram que não monitoram. Por mais que os pais estejam atentos à navegação dos filhos na internet, o monitoramento reduz a partir do momento em que as crianças fazem 10 anos, quando em média os pais deixam de supervisionar a atividade online dos filhos. “É o momento em que a criança passa a ser mais autônoma, quando ela está mais presente na internet”, afirma Guimarães.

Por que os jovens usam a internet

A pesquisa identificou os comportamentos de crianças e adolescentes na internet, como principais aparelhos utilizados, finalidade de navegação e tempo gasto na rede. O celular é o dispositivo mais utilizados pelo grupo, seguido pelos notebooks e computadores, e em terceiro lugar, as televisões. No entanto, o levantamento aponta que entre crianças de cinco a oito anos, a situação se inverte um pouco: a televisão é, na realidade, seu segundo dispositivo mais utilizado, enquanto os computadores ocupam a terceira posição.

Segundo o levantamento, 78% das crianças possuem um celular próprio. Mas essa predominância está presente principalmente entre jovens da Região Sudeste e de famílias das classes A e B. O celular é também o dispositivo mais utilizado pelos usuários para jogar online, seguido pelos consoles de videogames.

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As crianças acessam a internet em três principais localidades: em casa, na rua e na escola. Quanto mais velhas as crianças, entre 13 e 17, maior é sua utilização da internet fora da escola, como na escola e nas casas de amigos e parentes. Ao mesmo tempo, as regiões Sul e Sudeste possuem mais diversidades de locais de uso da internet, enquanto no Norte predomina o uso em casa, com 96% de uso. Nas demais localidades, a frequência de uso não alcança 30%.

A finalidade de uso da internet também muda de acordo com a faixa etária dos usuários. As principais atividades dos filhos até oito anos na internet estão concentradas em jogar e ver vídeos, filmes e séries. Já a partir dos nove anos, está muito concentrado em jogar e pesquisar matérias. Já a partir dos 13 anos, há um percentual mais alto de uso em atividades como jogar, ver filmes e séries, pesquisar tarefas escolares, mensageria e ouvir música.

Em relação ao tempo gasto nas redes, é possível identificar que jovens adolescentes entre 13 e 17 anos são os usuários mais intensos, despendendo partir de três horas por dia. Já a maioria das crianças (34%) das demais faixas etárias utilizam a internet numa média entre uma e duas horas por dia.

Segurança para crianças e adolescentes

A maioria dos pais, 56%, percebe que seus filhos já passaram por alguma situação de violação de segurança nas redes. No entanto, apenas 53% das crianças reportaram aos pais. O levantamento também aponta que 88% dos pais e mães entrevistados acreditam que possuem conhecimentos sobre segurança na internet, e 81% estão satisfeitos com as informações que detém.

“Esse dado é preocupante”, afirma Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil durante o evento Mais Seguro com o Google, realizado no dia 17/8, na sede do Google em São Paulo. “A internet pode ser uma ferramenta de empoderamento, de criação de oportunidades, de inovação, de conhecimento, de explorar novos saberes, de diversidade, de ampliação de visão de mundo, desenvolvimento de habilidades, mas ela também pode ser um espaço onde você pode acessar conteúdos que não são apropriados para sua idade, que podem causar dano, podem colocar a criança em uma situação de risco, contato com pessoas estranhas e mal intencionadas e uma série de outros problemas que podem surgir em termos de saúde, como a exposição excessiva às telas.”

O último lançamento do Google para a proteção da privacidade das crianças é o Family Link, ferramenta que ajuda pais e responsáveis a decidir como e por quanto tempo seus filhos podem utilizar a internet, regulando também quais aplicativos podem ser usados. Por mais que poucos pais e responsáveis utilizam tecnologia para monitorar a vida na internet de seus filhos, Bruno Diniz, engenheiro responsável pela área de Crianças e Famílias no Google Brasil, afirma que aqueles que utilizam o Family Link e estão familiarizados com a ferramenta a utiliza com frequência. O desafio é, portanto, compartilhar essa tecnologia com mais pessoas. “A informação que temos é que quem já encontrou a ferramenta, e está usando plenamente e se tornou letrado na ferramenta, gosta. Acreditamos que é um problema de desconhecimento em fazer as pessoas chegarem até ali. Temos plena convicção de que a gente não consegue resolver esse problema sozinho.”

A pesquisa também aponta que 42% dos pais têm interesse em saber mais sobre cibersegurança por meio de vídeos e reportagens.

Além do Family Link, Diniz cita entre os demais produtos do Google com o objetivo de proteger e empoderar crianças em suas navegações na internet, como o Google Kids Space, desenvolvido pelo time brasileiro do Google em Belo Horizonte, Minas Gerais, como um portal com aplicativos, livros e jogos exclusivos para o público infantil, e o YouTube Kids.



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