O avanço do uso dos meios de pagamentos eletrônicos segue como um dos principais desafios para a transformação digital do varejo e a expansão do e-commerce no País. Hoje, apenas 3,8% das 5.570 cidades brasileiras estão prontas para atender totalmente as demandas do empresariado que pretende reduzir a circulação de dinheiro e ampliar os meios digitais de checkout. Para o varejista, saber a real capacidade de um determinado município para atender essa demanda pode definir a abertura de uma unidade ou a expansão de uma loja já existente.
Mas como responder essa questão. Como saber a situação verdadeira de cada município. Essa pergunta começou a ser respondida por meio de um levantamento realizado pela Visa Consulting & Analytics (VCA), área de consultoria da Visa. O estudo, batizado de Índice de Maturidade para Pagamentos Digitais, adotou quatro categorias de classificação: cidades prontas, em transição, emergentes e iniciantes.
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A divisão entre os grupos leva em consideração quatro critérios: infraestrutura da cidade (número de agências bancárias e ATMs, acessos à internet por banda larga e número de celulares); condições socioeconômicas (PIB, IDH, percentual de população urbana e educação); emissão de cartões (número de cartões por habitantes e transações por crédito e débito); aceitação de cartões (POS por habitante, quantidade de segmentos e número de POS por metro quadrado).
Com esses dados, o resultado obtido foi o seguinte: 206 cidades estão totalmente prontas; 1.100, em transição; 2.100 são emergentes e outras 2.100, iniciantes. No grupo cidades prontas, 12% estão em São Paulo e 10%, no Mato Grosso. No caso do segundo grupo, em transição, 50% encontram-se divididas entre São Paulo e Rio de Janeiro. Já entre as emergentes, 70% foram localizadas no Espírito Santo e Goiás. Em sua maioria (90%), as iniciantes estão em Alagoas, Piauí, Acre,Bahia e demais estados do Norte e Nordeste.
Segundo Rodrigo Santoro, diretor da Visa Consulting, o mapeamento tem como objetivo facilitar a busca por novos clientes e planejar ações focadas nas características de cada cidade. A partir do mapeamento, a Visa partirá, em um segundo momento, para um processo de “ataque” a 200 cidades. O objetivo, explica Santoro, é ampliar o uso dos meios digitais nesses municípios considerados como polos, ou seja, com influência direta nas formas de pagamento em um conjunto de cidades que estão localizadas no entorno delas.