É cada vez mais comum ver fintechs oferecendo transferências instantâneas entre seus clientes. O dono de uma conta no Nubank, por exemplo, recebe o dinheiro de uma transferência alguns segundos após a quantia sair da conta de origem.
Agora imagine um sistema como este funcionando 24 horas por sete dias da semana entre todas as instituições financeiras. É isto que o Banco Central está promovendo.
O BACEN está testando um sistema de pagamentos instantâneos que promete revolucionar o mercado financeiro. Além de mais rápidas, as transferências ficarão mais simples – o correntista não precisa saber todos os dados da conta de destino – e baratas – já que o modelo deve favorecer a competição.
O sistema começa a ser testado neste mês e deve entrar em operação em novembro.
Mais rápido
Dispensar um sistema intermediário permitiu que o novo modelo de pagamentos seja capaz de realizar uma transferência em até 10 segundos.
Enquanto transferências bancárias convencionais – TED e DOC – passam pelo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), os pagamentos instantâneos são feitos diretamente de uma conta a outra.
Mais conveniente
Além disso, o sistema funciona de forma ininterrupta. Ou seja, os clientes não dependerão mais do expediente bancário para fazer uma transferência.
Há a possibilidade de criação de um usuário para cada cliente. Assim, não haverá a necessidade de conhecer todos os dados do destinatário.
O pagamento via QR Code será facilitado pelo novo modelo. Os clientes escaneiam o código e depois autorizam a transação em seus smartphones via identificação biométrica.
Mais barato
Grandes instituições financeiras e empresas de pagamento serão obrigadas a entrar no sistema, o que aumenta a competição entre as empresas e favorece o cliente, que terá acesso a custos menores.
Breno Maximiano, diretor da Unidade de Banking da Stone e Sócio da empresa, lembra que a TED é extremamente barata e rápida, mas “os bancos conseguiram deturpá-la”.
Ele alerta para os riscos de deixar que aconteça o mesmo com os pagamentos instantâneos e convoca as pequenas empresas a participarem do debate sobre a regulação. “A nossa esperança é que seja mais barato. Precisamos ganhar a discussão para que seja mais barato”.
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