A páscoa é uma das festas mais populares no Brasil e uma das datas mais importantes para o comércio, em especial para os supermercadistas. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), aponta que, em média, os supermercados esperam crescimento de 7,2% nas vendas de produtos de Páscoa este ano, em comparação com 2013. A época é considerada o segundo melhor período do ano em vendas para o setor, superado apenas pelo Natal.
Outro estudo, conduzido pela Officina Sophia, discorre sobre o comportamento dos consumidores em relação à data, suas preferências e o que significa. Amor, União, Família, Confraternização, Renovação são sentimentos que podem ser explorados na comunicação das empresas.
29% participam de atividades religiosas nesta data.
39% consideram que a data é somente um feriado de apelo comercial
65% dos entrevistados comemoram através do almoço de Páscoa em família
As crianças são as grandes influenciadoras no momento da compra. 69% dos entrevistados concordam que as crianças pedem seus ovos motivadas pelos brinquedos e 49% compram os que as crianças pedem. Desse montante, 65% são mulheres
Veja abaixo alguns outros dados sobre os hábitos de consumo nessa época:
Gastos
Uma pesquisa feita pelo G1 revelou que a média de gastos com chocolates durante o período pode ficar entre R$ 25,00 e R4 35,00. As vendas para este ano devem crescer entre 7% e 10% se comparado ao mesmo feriado do ano passado.
Segundo o presidente da Abicab ( Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), Getúlio Ursulino Netto, a páscoa esta ano tem tudo para ser positiva. Sempre que a data fica longe do começo do ano é vantajoso para a indústria e para o varejo. “As demandas de gastos são sempre maiores em janeiro e fevereiro e assim sobra pouco dinheiro para as pessoas comprarem os produtos de páscoa”.
Segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a carga tributária sobre esses artigos ultrapassa 50%.
O vinho, por exemplo, é o produto que tem maior incidência de impostos: 54,73%.
Já o bacalhau tem 43,78% de seu valor em carga tributária, o que explica, em grande parte, o seu alto custo. Mais de 34% do valor cobrado pelos outros tipos de peixe é composto por impostos.
Cerca de 40% do valor de um ovo de corresponde a impostos.
Até o coelho de pelúcia tem uma cota bastante "generosa" de taxa embutida: 29,92%.
Apesar disso, a elevação média de preços dos produtos tradicionais da Páscoa ficou abaixo da inflação nos últimos 12 meses. A alta foi 2,84%, enquanto a inflação registrou 6,09%, conforme a apuração do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC/FGV). Já os pescados frescos, procurados neste período por grande parte da população, subiram 12,71%.
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