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Com parcerias, ONG quer oferecer internet para todas as escolas públicas até 2025

Com parcerias, ONG quer oferecer internet para todas as escolas públicas até 2025

A ideia contribui para acelerar o processo de inclusão e transformação digital nas redes de ensino em todo o país

Inaugurada oficialmente nesta terça-feira, 24, a ONG “Instituto Escola Conectada” quer oferecer a instalação de internet de alta velocidade para todas as escolas públicas até 2025. Para falar sobre o projeto,  Leonardo Morais, presidente da Anatel, Tomas Fuchs, um dos fundadores da ONG e Bruno Ajuz, SVP da Telecall, realizaram um lançamento exclusivo para a imprensa.  Já em atividade, 43 escolas em diferentes estados do país já estão sendo contempladas com a solução da organização, o que já impactou diretamente cerca de 10 mil alunos. Apesar disso, para ter êxito o Instituto busca parcerias com provedores de internet e outros interessados em viabilizar a proposta e contribuir na evolução da educação.

A transformação digital, a qualidade da conexão e o uso da internet para fins pedagógicos foram alguns dos pontos principais das discussões.  “Encontrar caminhos para que esse objetivo seja efetivado com qualidade não é trivial. Chegamos com um consenso que isso passa de forma inevitável pelo aprimoramento das condições de conectividade das escolas. Há uma carência notável”, destacou Leonardo Morais, presidente da Anatel.

De acordo com dados do Censo Escolar 2020, divulgados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), cerca de 30% das escolas da rede pública não dispõem de internet e outras 13% dispõem de uma conexão que não é de banda larga. É necessário um grande envolvimento da sociedade para mudar essa realidade. “Queremos convocar todas as empresas de telecomunicações para participar desse projeto, contamos com o apoio da Anatel para cumprir nosso objetivo de 2025”, destacou Tomas Fuchs, um dos fundadores do Instituto Escola Conectada.

Covid-19: desafios e busca de soluções nas redes de ensino

A covid-19 trouxe diferentes desafios para as redes de ensino, exigiu uma transformação rápida e muitas instituições precisam de apoio. Tomas Fuchs enfatizou que no meio da pandemia ficou clara as discrepâncias entre uma escola pública e uma escola privada, especialmente na questão dos recursos para que as atividades escolares sejam continuadas. Ao mesmo tempo, Leandro Morais destaca que durante o isolamento, a pandemia impulsionou soluções. “As ferramentas digitais enriquecem muito o ensino, aproxima os conteúdos, os alunos e mestres”, comentou.

Uma nova realidade de ensino também é construída a partir da pandemia, e a educação à distância com qualidade faz parte dos objetivos do projeto. “Ao levar internet com qualidade para estas escolas, estamos promovendo não apenas a inclusão de crianças e adolescentes na tecnologia, mas também criando novas oportunidades de aprendizado e auxiliando no desenvolvimento do país”, explica Tomas Fuchs. “Acreditamos que os provedores locais podem e querem fazer parte desta transformação. Enxergamos eles como parceiros fundamentais e parte da solução”.

Transformação digital

Escola
Escola Municipal Prudente de Moraes em Miracema/RJ | Foto: divulgação

“A transformação digital não é mais um projeto, é o presente, e as escolas públicas não podem ficar de fora. A inclusão digital é essencial para o desenvolvimento das nossas crianças e jovens. É uma troca onde todos ganham, um ecossistema necessário. Hoje investimos nas escolas e em breve estas crianças e jovens mais capacitados estarão no mercado de trabalho”, diz Bruno Ajuz, SVP da Telecall, empresa de soluções em telefonia e internet.

A primeira escola a participar do projeto foi a Escola Municipal Prudente de Moraes, localizada em Miracema, noroeste do estado do Rio de Janeiro, em parceria com o provedor de Internet Sumicity. “O Instituto Escola Conectada transformou a nossa escola! Sem a nova conexão de internet não teríamos conseguido seguir as rotinas pedagógicas. Logo na primeira semana uma professora faltou e a aula só foi possível devido à conexão de alta velocidade. O Escola Conectada foi um grande presente”, comenta Vanessa Titonelli, Diretora da Escola Municipal Prudente de Moraes.

Até o momento, escolas públicas nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco estão sendo conectadas. A internet é fornecida e mantida por provedores parceiros, que disponibilizam a conectividade como forma de gerar impacto positivo na educação brasileira. Além disso, existe a preocupação de auxiliar na qualificação de pessoas para o mercado de trabalho na era digital. Segundo Bruno Ajuz, isso vai influenciar na capacitação dos futuros profissionais. “Com certeza esses jovens podem estar trabalhando inclusive nas nossas empresas”, destacou Ajuz.

Rede de apoio nacional

Os organizadores da ideia se colocaram de forma aberta para incluir novos parceiros. A ideia é criar uma rede de apoio nacional, colocar isso como prioridade e agilizar o processo. Mesmo com apenas alguns meses de vida, o Instituto Escola Conectada já conta com o apoio de algumas empresas como o Grupo Datora e os provedores Sumicity, Telecall, Ligue Telecom, Telium, Um Telecom, RLine e Net Cintra.

Além de fazer articulações com os provedores, a ideia é envolver toda sociedade a fazer parte dessa ação. “Contamos com o apoio não só de empresas interessadas em participar desse projeto, como também de estudantes, professores, diretores e toda comunidade que deseja levar internet de alta velocidade para alguma escola pública da sua região. Afinal, juntos poderemos ir ainda mais longe em prol da inclusão e da transformação digital na Educação”, comenta Fuchs.

A inscrição de qualquer escola pública no projeto pode ser feita no site do Instituto Escola Conectada. Basta preencher os dados solicitados para que a organização busque em seu banco de dados empresas parceiras que possam apoiá-la com a conectividade.  Os provedores e demais interessados podem usar o mesmo canal para encontrar mais informações, fazer o cadastro e se tornarem parceiros da iniciativa do Instituto. Os resultados serão mensurados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para certificar a efetividade do apoio.


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