Em momentos de recessão – e confusão – econômica, muitos detalhes de cada negócio podem apresentar distúrbios. Desde que os primeiros sinais de crise foram aparecendo na economia brasileira, o varejo sentiu um forte impacto em um ponto bastante sensível: o estoque. A conta que identifica a quantidade de produtos armazenados e em circulação em uma operação é fundamental para a saúde do negócio – e não foi exatamente fácil equilibrar esses números nos últimos anos.
Em São Paulo, por exemplo, o Índice de Estoque (IE) apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que chegava a 138,2 pontos no fim de 2011, alcançou seu nível mais baixo em abril de 2016, com 85,6 pontos. Sua variação vai de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total).
Ao observar a série histórica da entidade, fica visível o desequilíbrio que os varejistas tiveram de gerenciar a partir do fim de 2014. O índice de inadequação ligado ao excesso de mercadorias girava em torno dos 20% e 25% entre 2011 e 2014. A partir de 2015, ele passa a alcançar os 30% e chega até 40% em meses mais atribulados. “A questão é a seguinte: todos se prepararam para anos ruins, mas não tão ruins. Se voltássemos para 2013 para contar como seriam 2015 e 2016, teríamos avaliações negativas, mas não como aconteceu. Ninguém acreditaria”, analisa Fábio Pina, assessor financeiro da FecomercioSP.
NOVAREJO ouviu varejistas e especialistas para entender como lidar com o estoque, sem ter perdas de margens. Confira a reportagem completa na edição de dezembro/janeiro da revista NOVAREJO.