O comércio brasileiro deve contratar 73,1 mil temporários para atender as vendas de fim de ano, 10% novos funcionários a mais em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa prevê ainda um aumento de 4,3% nas vendas de Natal.
Segundo estimativas da CNC, as contratações devem acontecer entre setembro e dezembro, com uma força superior em relação ao acontecido os últimos anos.
“Antes da crise, mais de 20% das vagas começavam a ser preenchidas em setembro e outubro. Nos dois últimos anos, esse percentual não passou dos 15%”, justificou por nota Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
Principais segmentos
A expectativa é que o segmento de vestuário contrate mais temporários até o fim do ano, aproximadamente 49 mil vagas. A segunda posição ficaria com os hiper e supermercados, com 10,4 mil vagas temporárias.
Ambos os segmentos representam 42% da força de trabalho e corresponde, em média, a 60% das vendas natalinas.
A estimativa é que 27% dos funcionários temporários sejam efetivados após o Natal. A quantidade é maior do que a observada nos últimos dois anos, quando apenas 15% era efetivado e ainda menor que o existente no período pré-crise cuja taxa era de 32,5%.
Remuneração
As empresas de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos devem ter o maior salário de admissão, R$ 1.1446. O segundo segmento mais bem pago será nas lojas especializadas em vendas de produtos de informática e comunicação R$ 1.391. Os dois segmentos , no entanto, ofertam apenas 2,1% das vagas temporárias totais.
Varejo de São Paulo
O varejo paulista espera contratar 25 mil temporários, um aumento de 6 mil novas vagas em relação ao mesmo período no ano passado, segundo estimativas da FecomercioSP.
O segmento de vestuário será o mais impactado com os temporários recebendo a metade das vagas temporárias que devem surgir. Os supermercados do Estado de São Paulo receberão 25% desses funcionários.