Há não muito tempo atrás, as varejistas do Brasil e do mundo caminhavam confortavelmente. Afinal, os seus desafios acabavam se concentrando, principalmente, na gestão do negócio, com atividades mais básicas, como controle de estoques e reposição de produtos no ponto de venda. O contato com os clientes se concentrava apenas no varejo físico.
“Agora, no entanto, mudamos de um mundo previsível e estável para um mundo digital imprevisível e dinâmico”, afirma James Rocha, diretor de tecnologia do Grupo Herval.
Em sua palestra no BR Week, realizada na terça-feira (27), Rocha falou sobre como a sua empresa está trabalhando para não ficar para atrás no varejo digital.
A empresa, que tem entre as suas marcas a Herval Móveis, a taQi, de eletrônicos, e a iPlace, de produtos Apple, vem fazendo uma revolução em seu modelo de negócios.
Segundo o executivo, a empresa vem procurando cada vez mais estar aonde o consumidor se encontra e não o contrário. “O consumidor quer ter experiências diferentes”, afirma Rocha. “Antes, ele ia na loja e comprava e, agora, ele começa pesquisando em um meio, analisa o produto em outro aparelho e pode, se quiser, comprar na loja.”
Quebrando paradigmas
Para ele, as empresas precisam se livrar de paradigmas para tentar alcançar o nível de disrupção que companhias como Uber, Netflix, Facebook e Google alcançaram. Mais: tudo isso acompanhado de um modelo de eficiência cada vez mais azeitado.
“Essas empresas já nasceram voltadas à economia digital, sem paradigmas pré-existentes”, diz Rocha. “As varejistas precisam entender os consumidores para conseguirem resultados nessa era digital.” Nem que para isso seja necessário mudar todo o modelo de negócios.