O movimento do comércio caiu 9,5% am abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo indicador divulgado hoje (5), pela Serasa Experian. Na relação com março, porém, houve alta de 2,1%.
Segundo os economistas da instituição, o recuo da massa real de rendimentos, grau deprimido dos níveis de confiança dos consumidores e condições mais caras e restritivas para o crédito ao consumo continuam pesando sobre a evolução da atividade varejista no país.
Por conta disso, a alta verificada em abril, na relação com março, é pontual e não representa uma retomada da atividade.
Segundo a instituição, apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou alta, de 3,4%. Os demais segmentos amargaram recuos, na base de comparação anual, com destaque para Veículos, Motos e Peças, cujo movimento apresentou queda de 19,2%, seguida por Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios, cujo movimento foi 14,5% – muito por conta do calor fora de época, que prejudicou as vendas das coleções de outono-inverno que já estavam nas lojas.
Outro setor que amargou queda no fluxo de consumidores em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi Móveis, Eletroeletrônicos e Informática, com recuo de 14%. Neste caso, pesou os juros altos e crédito escasso, que, aliado à queda da renda dos brasileiros, os impediu de fazer compras com ticket médio maior.
Supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas registraram queda de 10,1%; e Material de construção (-6,1%).