O omnichannel está presente em quase todos os estudos das tendências do varejo, porém ainda é pouco colocado em prática no Brasil. Para Fabrício Goetz, diretor comercial na América Latina da multinacional Tlantic, este é um conceito simples de compreender, mas ?não trivial? de se implementar, principalmente por varejistas brasileiros que nem sempre apresentam ?maturidade? em sua estrutura tecnológica.
Um dos pilares do omnichannel é a mobilidade, que pode se configurar como um avanço intermediário na busca da multicanalidade plena. E a profecia não demorará a se cumprir: de acordo com Goetz, só alcançarão lugar de destaque no mercado os varejistas que conseguirem assimilar o quanto a mobilidade pode revolucionar seu negócio, principalmente no tocante à fidelização dos clientes.
E não só na interação com o público, mas também na redução de custos. ?Atividades típicas dos varejistas como o reabastecimento, controle de rupturas, auditorias de preços, inventários, venda assistida, entre outros, são altamente otimizados com adoção de tecnologia móvel?, explica Goetz.
O diretor comenta que, se o cliente não perceber o ?valor? na forma com que o varejista oferta seus produtos ou marca, se negará a participar da multicanalidade da empresa. ?Mais vale uma pequena, mas efetiva ação, do que um bombardeio de mensagens desvinculadas de contextualização, sem foco na real necessidade e perfil de compra?, orienta.
O grupo varejista português Sonae, que tem forte atuação no setor de shopping centers do Brasil, é uma das empresas que apresentam tecnologia móvel desenvolvida em seus processos e na relação com o cliente. Eles decidiram apostar neste conceito muito antes que fosse disseminado como algo emergencial. Goetz, que acompanhou de perto esta jornada, ressalta que é desta forma que tem que ser implementada a mobilidade: de maneira gradual, com a ?solidificação da estrutura de base?, ou seja, precisa ser ancorada em ?maturidade estrutural?.
No entanto, o diretor da Tlantic relembra que a mobilidade não pode ser entendida como salvadora solitária de um negócio. Ela é uma ?componente da solução?. ?Acelerar um processo que está mal concebido não traz benefícios mensuráveis, pelo qual é importante ter um parceiro que conheça o negócio do varejo, para além da tecnologia?, acrescenta.
A Tlantic que tem como clientes o Grupo Pão de Açúcar, O Boticário, Dufry, MassMart (África do Sul) e Musgrave (Irlanda). Fabrício Goetz fará palestra às 17h30 do próximo dia 29 no Brazilian Retail Week, abordando como a mobilidade pode ser utilizada para otimizar a experiência do cliente e reduzir os custos no varejo.
* O BR Week acontece nos dias 29 e 30 de julho. Faça sua inscrição aqui.
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