Existe um novo grupo de profissionais que está no mercado, mas não o vê com a mesma visão dos executivos mais tradicionais: os Millennials. Eles são jovens, hiperconectados, otimistas, idealistas e querem mudar as formas de trabalho, de preferência flexibilizando-as. Uma pesquisa global realizada pela join.me, uma ferramenta de colaboração online da LogMeIn, procura mapear o perfil desses profissionais.
O estudo mostra que essa geração representará 75% da força de trabalho no mundo nos próximos dez anos. E mais do que ser grande parte da população economicamente ativa, esses indivíduos querem liderar: mais da metade dos entrevistados revelaram o desejo de se tornar líder de equipe ou ocupar o cargo mais alto nas empresas em que trabalham. Devido a facilidade desses jovens com a tecnologia e o desejo por inovação, acredita-se que esse público vai revolucionar o conceito de produtividade no ambiente de trabalho.
Por enquanto, eles ficam apenas na aspiração: 28% destes jovens acreditam que as empresas em que trabalham não aproveitam todas as suas habilidades. “Essas pessoas são motivadas pela autonomia: não são preguiçosos, estão dispostos a trabalhar o quanto for necessário para cumprir uma tarefa, mas ao mesmo tempo desejam ter a flexibilidade de levantar da mesa para dar uma volta na hora que bem entenderem”, explica Gustavo Boyde, gerente de marketing da LogMeIn para América Latina.
O dia a dia
Boyde aponta que a espontaneidade e a tecnologia desempenham papéis fundamentais na maneira como esses indivíduos se conectam com seus colegas de trabalho. Muitas das barreiras que tradicionalmente afastavam as pessoas no mundo corporativo estão sendo quebradas pela combinação de ferramentas de colaboração online, mídias sociais e dispositivos conectados. “Hoje é comum que um estagiário seja amigo no Linkedin do CEO da empresa”, exemplifica.
A mobilidade é uma característica fundamental dessa geração. Segundo a pesquisa Telefonia Global Millennial Survey, 78% dos jovens brasileiros têm smartphones. O levantamento do join.me elenca as diferentes funções diárias que os dispositivos têm para os jovens: uso social, música, fotos, contatos, compras, comunicação, exercícios físicos, alimentação, finanças, trabalho, transportes, educação, viagens, filhos, saúde, vida amorosa, atividades domésticas e saúde mental.
“Não podemos mais impedir ou achar ruim que um jovem executivo passe uma reunião toda olhando para o celular – é justamente esta conexão que pode fazer com que a conversa seja ainda mais produtiva”, aponta Boyde. Isso porque o dispositivo é uma ferramenta fundamental: 34,6% do jovens usam o celular para tomar notas, 47,56% acessam a internet, 16,05% compartilham documentos, 19,44% tiram fotos, 19,74% participam de conferências por áudio, 7,48% participam de reuniões por vídeo, 19,04% confirmam a participação por mensagem, 13,16% participam de uma reunião online, 6,58% usam o celular como segunda tela para complementar uma eventual apresentação e 3,29% conduzem uma reunião pelo celular.
“Nunca uma geração foi tão além de seus próprios limites de conexão com o mundo como os millennials e, por isso, as empresas precisam encarar esta realidade o mais rápido possível para alocar estes novos e produtivos funcionários”, finaliza o executivo.