O celular já faz parte da vida das pessoas. Transformar a tecnologia em, praticamente, uma extensão do próprio corpo é apenas uma das centenas características da nova geração – os Millennials – que tem se propagado entre as diferentes gerações.
Esses jovens recém entrados no mercado de trabalho tendem transformar o perfil do consumo, retenção de talentos e experiência de usuário. Por isso, foram tema do painel “A percepção de experiência para as novas gerações: O que elas querem, pensam e esperam das marcas?”, no BR Week 2017.
“O nosso propósito é discutir um pouco a percepção de experiência dos Millennials. Como pensam esses jovens e como as marcas estão reagindo a esses pensamentos”, disse Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão ao abrir a discussão.
Redes
O primeiro grande impacto concluído pelos palestrantes é das redes sociais. Silvana Balbo, diretora de marketing do Carrefour destacou o aumento de interações com os clientes por meio de canais altamente explorados pelos jovens como o Instagram e o Facebook.
“A relação que temos com o cliente nessas plataformas é muito mais impactante do que uma mídia tradicional de massa. E isso é uma característica ainda mais forte no Brasil, onde as pessoas encontram nas redes sociais um lugar para ter voz”, disse Balbo.
Para a executiva do Carrefour, o principal desafio é transformar os Millennials em clientes fiéis e atender a inovação no ritmo exigido por esse público.
Marina Alfano, publicitária recém-formada, confirma as estimativas da executiva. “Lamento quando uma marca não me responde no tempo que eu quero, em uma rede social como Facebook, por exemplo”, disse. “É ruim também para a marca, porque um problema que era para ser pequeno acaba viralizando em compartilhamentos”, completou.
Desafios
André Shinohara, CSMO da Netshoes, acredita que a principal dificuldade para as marcas é entender o que o Millennials querem. Para isso, manter o contato direto por redes sociais pode ser uma ferramenta estratégica para as companhias.
“As empresas têm conseguido ficar mais próximas do consumidor por meio desses canais sociais. O importante agora é humanizar essa relação. Quanto mais humanizado, maior será o resultado”, disse.
Ana Luiza Kato, estudante de administração da FGV, acredita que o mais importante é a construção da imagem da empresa.
“Acredito que nós nos interessamos mais por marcas que pensam no consumidor e não focam exclusivamente no lucro. As transparências das próprias empresas e boas práticas internas também me atraem na hora de me fidelizar a uma marca”, completou Kato.
Confira a cobertura completa do BR Week 2017.