Nos últimos dias, o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, no Rio de Janeiro, causou indignação nacional e levantou diversos debates, principalmente nas redes sociais, sobre a cultura do estupro no Brasil. Movimentos feministas e sociais tem cada vez mais força com apoio da tecnologia, uma característica extremamente benéfica da internet. Assim, até mesmo empresas acabam se envolvendo nesse tipo de ação, já que os dados são alarmantes – segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil.
Com o objetivo de contribuir no combate à violência contra a mulher, a Microsoft, em parceria com o Instituto Eldorado, desenvolveu o aplicativo Assédio Zero, que ajuda mulheres a identificar lugares com maior índice de assédio e risco de violência.
Quem acessa o aplicativo pode posicionar o marcador de localização no mapa e selecionar o tipo de agressão – física ou verbal. Os dados coletados ficam armazenados na plataforma de nuvem da Microsoft. Desta maneira, outras mulheres terão acesso ao mapa de calor onde é possível identificar facilmente os pontos mais violentos de cada região. Além disso, elas podem receber mensagens e avisos sobre os ataques em tempo real, um tipo de informação que pode ser bastante útil para ações de segurança pública.
Anteriormente, a empresa utilizou a mesma base tecnológica para o aplicativo Espaço Livre, que traça o “mapa da homofobia” a partir de denúncias de agressões que ferem os direitos de ir e vir da comunidade LGBT. O Espaço Livre foi desenvolvido em um hackaton durante a Virada Digital, uma colaboração entre a Microsoft, o site Catraca Livre, o Instituto Eldorado e a empresa de serviços de TI Comparex, ocorrida na Virada Cultural 2016 de São Paulo.
O Assédio Livre já está disponível para Android e em breve também funcionará nos sistemas iOS e Windows Phone.