Quem ainda segue relutante quanto à chegada do metaverso e imagina que essa ideia não sairá do papel — ou que não será tão rotineira quanto se tem falado — pode ficar surpreendido em saber que já existem algumas transações financeiras acontecendo pela nova realidade virtual. E tudo indica que, nesse começo, as mais comuns serão para comercializar imóveis (dentro e fora do metaverso).
Foi o que aconteceu com a parceria entre One Sotheby’s International Realty, a Voxel Architects e o colecionador de NFTs, Gabe Sierra. Juntos, eles colocaram à venda a primeira mansão que coexiste em duas realidades: dentro do metaverso e também no mundo físico. A mansão, que recebeu o nome de “MetaReal”, está inserida tanto no ambiente virtual do The Sandbox, uma plataforma na qual é possível monetizar ativos de voxel — criptomoeda oficial do jogo Voxel — no blockchain, quanto em Miami, no estado da Flórida, dos Estados Unidos.
Para se ter ideia do quanto a notícia espanta, foi anunciado que uma parte do imóvel poderá receber eventos dentro do metaverso da The Sandbox, por meio do uso de NFT (tecnologia de tolkens não fungíveis).
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A mansão de Schrödinger: física, no metaverso ou ambos?
No mundo real, a mansão ainda está em construção e deve ser inaugurada ao final de 2022. O terreno comporta 4 mil metros quadrados, tendo a construção do imóvel em mil metros quadrados. Ao todo, a casa contará com sete quartos e nove banheiros, tudo com uma luxuosa decoração.
Já na versão virtual, é possível acessá-la pelo metaverso da The Sandbox, que servirá como uma extensão do imóvel do mundo real. A diferença é que nesse ambiente será possível hospedar reuniões, eventos e festas ao comprador, além de trazer convidados de todo o planeta. De acordo com a Voxel Architects, o espaço digital será visualmente idêntico à mansão de Miami.
Ambas as versões serão vendidas em leilão de NFT, mas a data e o preço de reserva ainda não foram anunciados. Por hora, a One Sotheby’s anunciou que a MetaReal será comercializada via blockchain Ethereum.
Com a venda e uso em ambas as realidades, o metaverso começa a ficar cada vez mais próximo do usuário e reserva grandes investimentos por parte das empresas. E, ainda que ele esteja centrado em imóveis e ações que resultam em consequências positivas para o mundo físico e o virtual, é de se esperar que a tecnologia avance ainda mais durante a adaptação das pessoas a esse novo ambiente.
Afinal, mais do que nunca, entendemos que as interações não serão únicas ou apenas virtuais. Após dois anos em isolamento social, o metaverso vem para unir o útil ao agradável: complementar a realidade física com a digital, e vice-versa.
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