Uma pesquisa de julho de 2017 da Clutch apontou que 69% dos consumidores preferiam comprar em marketplaces do que em e-commerces. Segundo o estudo, o principal motivo da preferência pelos marketplaces é a possibilidade de comparar preços facilmente. Além disso, a comodidade de ter várias marcas em um mesmo ambiente e diferentes produtos em um mesmo carrinho são atrativos importantes.
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Um outro estudo, do CMO Council, realizado neste ano, aponta que a maioria dos profissionais de marketing de todo o mundo (56%) acha que o varejo está sendo reinventado pelos marketplaces. Há ainda, entre esses, os que concordaram que os mercados estão forçando as marcas a se reinventarem. Os números foram publicados pelo portal eMarketer.
Joe Kaziukenas, especialista em varejo americano e fundador do portal Marketplace Pulse, comentou sobre como a publicidade tradicional tem encontrado obstáculos para converter visitas em vendas no ambiente on-line. Para Kaziukenas, as pesquisas na internet, principalmente dentro dos marketplaces, e a maneira como os grandes mercados virtuais oferecem descontos e misturam marcas em um único espaço tem potencial para causar o que ele chama de apocalipse das marcas, com a perda de influência que os grandes players do mercado construíram ao longo das últimas décadas.
Isso explica a reticência de algumas marcas em aderir aos marketplaces. Porém, o crescimento desse canal não pode ser ignorado. Um estudo da Coresight Research e da Juniper Research apontou que as receitas dos marketplaces no mundo foram de 18,7 bilhões de dólares ao fim de 2017. A expectativa é que esse número salte para 40,1 bilhões de dólares até 2022.
Economia compartilhada
O crescimento, segundo o portal eMarketer, é fruto da cultura criada pela economia compartilhada e não está restrito ao varejo. Iniciativas como o Airbnb e Rent the Runway estão impulsionando o crescimento dos marketplaces como um todo.
Se para as marcas, os marketplaces representam uma espécie de destruição criativa, pelo lado do business, significa a possibilidade de entrar em novos mercados e a oportunidade de pequenos varejistas conviverem com grandes em um mesmo espaço.
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