Foi em 1981 que a Nintendo pediu para Ikegami Tsushinki produzisse um jogo de plataforma para o famoso personagem Popeye. O jogo foi escrito, mas a empresa perdeu os direitos de uso do marinheiro para a detentora da marca. É nesse momento que em cena uma lenda do mundo dos games, o game designer Shigeru Miyamoto.

Miyamoto foi destacado para criar um novo jogo a partir da plataforma pensada para o Popeye. Assim, em vez de marinheiro, criaram um carpinteiro e que inicialmente foi batizado de Jumpman. Olivia Palito deu lugar a Pauline, a mocinha indefesa e aprisionada por Donkey Kong, que era o substituto de Brutus.

O jogo e o carpinteiro foram um grande sucesso. Já o nome de Mário surgiu por acaso. A Nintendo alugava um galpão em Nova York de um senhorio italiano chamado Mario Segalli. Um dia, um funcionário da empresa viu semelhança entre Segalli e Jumpman (veja foto).

No jogo seguinte, o Donkey Kong Júnior, a Nintendo deu início a saga Mário e o fim da carreira de Jumpman. Aliás, a primeira aparição do italiano foi como vilão e não o herói que todos conhecemos. O personagem ganhou jogo próprio e o cenário ganhou tubulações. O carpinteiro trocou de profissão para encanador. Com o tempo, ele ganhou voz: o dublador Charles Martinet é a pessoa de frases como ?Hello, It?s me, Mário! ou ?Here we go!?.

Popeye ficou para trás. Mário ganhou vidas e mais vidas extras, cresceu com os seus cogumelos e anda salvando até mesmo renomadas redes de fast food ao redor do mundo. E não apenas ele, mas a própria Nintendo, que amargava vendas baixas do seu console até lançar mais um jogo da série Mário. E, de novo, o sucesso foi garantido. O bigodudo dará às cartas nos games por muitos e muitos anos.