A retomada econômica já é possibilidade real entre os empresários de comércio e serviços. Pesquisa do SPC Brasil e da CNDL mostra que 39% dos empresários afirmaram que esperam que a economia cresça no segundo semestre. Dentre os entrevistados, 84% já descartam demissões de funcionários.
“As perspectivas dos empresários sondados e as projeções do mercado mostram que, mesmo com a turbulência observada no cenário político, o País ainda reúne condições para interromper uma sequência de dois anos de queda do PIB. O resultado, porém, tende a ser tímido”, afirmou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
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Apenas 8% disseram que o cenário deve ser pior no segundo semestre. Para eles, a principal dificuldade é manter as contas em dia (27%), necessidade de reduzir o estoque de produtos (22%) e dificuldade em economizar e fazer uma reserva de financeira (22%).
“Quando o assunto é o futuro da economia, a divisão dos empresários é clara. O momento do País ainda é delicado e contrapõe, de um lado, a estabilização de alguns setores e, de outro, um impasse que sugere nova crise política”, disse Pinheiro.
“O fato de boa parte dos varejistas enxergar a possibilidade de crescimento econômico ainda neste ano, porém, não deixa de ser um bom indicativo, desde que ressalvados os riscos de contaminação do cenário econômico pelo cenário político”, considerou.
Projetos parados?
Apesar do otimismo maior, a pesquisa mostra que 37% dos varejistas de comércio e serviços realizaram os projetos planejados para o primeiro semestre de 2017, mas 29% não conseguiram realizar.
A pesquisa revela que os principais desafios para a não realização dos projetos da empresa no primeiro semestre foram não ter recursos próprios (29%), a falta de dinheiro até para pagar as contas mensais (22%) e a insegurança de gastar dinheiro e não conseguir pagar posteriormente (20%).
Entre os principais projetos não realizados estão o aumento das vendas (30%), fazer uma grande reforma (22%) e comprar equipamentos (16%). Já entre os realizados estão o aumento das vendas (33%), compra de equipamentos (22%) e fazer uma grande reforma (19%).