O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários (MPEs) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) atingiu os 43 pontos, abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando que os empresários continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.
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O levantamento do SPC Brasil mostra que 56% dos micro e pequenos empresários notaram uma piora em seus negócios nos últimos seis meses. Em relação à economia do país, esse percentual aumenta para 78%. ?O impasse político e o aprofundamento da recessão acabaram por reforçar a crise de confiança que já existia, iniciando um ciclo vicioso de descrédito na economia e queda da atividade?, analisou em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recuperação da confiança dos empresários é uma importante condição para a retomada do crescimento da economia. ?Um pouco de otimismo no mercado pode fazer os empresários ficarem mais dispostos para assumir riscos e possivelmente ampliarem seus negócios, mas sem os ajustes econômicos necessários isso não acontece?, explicou Pinheiro, também em nota.
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A abertura do Indicador de Confiança, chamada de Indicador de Condições Gerais, que mensura a percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da economia como de seus negócios nos últimos seis meses, registrou 27,7 pontos em fevereiro, o que representa uma leve melhora em relação ao mês de janeiro do ano passado, quando o número estava em 26,6 pontos. Os resultados, muito abaixo dos 50 pontos, indicam que na percepção desses empresários, houve piora tanto da economia quanto dos negócios.
63% acreditam que seu faturamento não irá crescer
Considerando as expectativas sobre o faturamento da empresa nos próximos seis meses, para 33% dos entrevistados haverá aumento e 63% acreditam que não irá crescer (para 15% haverá queda e para 48% dos entrevistados acreditam que não irá se alterar). Entre os que acreditam que o faturamento irá crescer, 32% justificam dizendo que estão buscando novas estratégias de vendas e 26% dizem que estão otimistas.Para aqueles que acreditam que o faturamento irá cair, a maioria diz que a crise está afetando suas vendas.
?Apesar de boa parte dos MPEs dizer que está confiante no desempenho dos seus negócios, poucos empresários encaram o momento como oportuno para ampliar seus negócios. Cerca de 81% dos micro e pequenos empresários não consideram um momento bom para expandir a empresa?, explicou Pellizzaro. ?A confiança que manifestam esses empresários está mais na sua capacidade de se manter no cenário de crise do que na perspectiva de crescimento.?
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