A instabilidade com relação ao trabalho cresceu em relação ao ano passado: 54% se sentem inseguros em seus empregos, contra 14% que se sentem seguros (27% e 35%, respectivamente, em janeiro de 2015). Os dados da pesquisa do Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
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Em janeiro, 52% dos entrevistados avaliaram sua situação financeira atual como ruim e apenas 24% como boa. Há um ano, essa relação era de 32% e 40%, respectivamente.
Mais do que isso, cada entrevistado disse conhecer, em média, 4,96 pessoas que perderam o emprego nos últimos seis meses. É o maior número desde que a pesquisa foi criada, em abril de 2005. Em janeiro do ano passado, essa média foi de 3,31 pessoas.
Como consequência desse cenário, apenas 16% dos consumidores disseram estar à vontade para comprar eletroeletrônicos nos próximos meses (41% em janeiro de 2015).
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?A insegurança no emprego e a má percepção que o brasileiro tem de sua situação financeira se refletem no consumo das famílias, sobretudo na aquisição de bens duráveis?, explicou em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
Segundo o executivo, a contínua baixa da confiança no início de 2016 sinaliza para o aprofundamento da crise política e econômica pela qual passa o País.?A confiança está estabilizada, mas em patamares mínimos. Para que o consumidor saia desse pessimismo, é preciso haver uma solução rápida da crise político-institucional e a queda da inflação. Somente assim, poderemos retomar a atividade econômica?, completou Burti.
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