Depois de um ano de pandemia, alguns dos hábitos dos brasileiros começaram a apresentar análises mais palpáveis. Um deles é o home office. Muito já se falou da adaptação ao trabalho em casa, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. Mas, depois de um ano de confinamento, o que dizem os trabalhadores?
Se no começo da pandemia a ideia do home office parecia promissora e mais cômoda, hoje, ela já não é mais vista dessa forma. Uma pesquisa realizada pela consultoria Consumoteca destaca que 73% dos brasileiros preferem não trabalhar em casa por tempo integral. Entre os motivos para o descontentamento estão o aumento nas contas de luz e internet, o uso de tecnologias pessoais e a falta de diferenciação entre os espaços de lazer e de trabalho.
Para se ter ideia, 53% deles disseram ter usado pela primeira vez as ferramentas pessoais para trabalhar. E ainda que uma parte das empresas tenha fornecido equipamento (computadores e periféricos), a pesquisa destaca que os colaboradores sentem falta do ambiente do escritório.
Uma das alternativas para evitar a insatisfação é possibilitar a jornada híbrida. Com ela, o trabalhador tem a possibilidade de trabalhar tanto em casa quanto no escritório. Ainda assim, muitas empresas se desfizeram dos espaços físicos como forma de economia. É nesse cenário que o coworking se encaixa.
O coworking em conjunto com o trabalho em casa
Mesmo que haja descontentamento, há inúmeras pesquisas que ressaltam o home office como opção mais produtiva para uma grande parcela de empresas. Um dos motivos principais foi a queda das despesas, sobretudo às relacionadas à locação de escritórios e pagamento de contas.
No meio de campo, o conceito de coworking cresceu ainda mais durante o isolamento social como opção de cenário pós-pandêmico. Um levantamento realizado pelo Censo Coworking Brasil em 2019 mostra que quase 280 mil pessoas circulam nos espaços compartilhados.
Uma parte das empresas já anunciou o retorno não presencial para 100% da equipe. Assim, a ideia de compartilhar um ambiente de trabalho se tornou mais promissora. Hoje, o Brasil conta com quase 1500 espaços em 26 estados.
“A boa notícia é que, se em 2019 os espaços compartilhados registraram 279 mil pessoas, imagine o censo 2020/2021, em que a maioria das empresas já estão alternando entre home office e presencial. Este número de pessoas trabalhando nestes espaços só tende a aumentar”, evidencia Leiza Oliveira, CEO da rede Minds Idiomas, que lançou recentemente o modelo de microfranquias para coworkings.
A pesquisa da Consumoteca vai ao encontro do aumento dos coworkings justamente pela mudança de hábito. Além da possibilidade de interagir com outras pessoas e ambientar-se em um espaço profissional, o coworking também promove a diferenciação da casa e do trabalho.
A adoção ao coworking pode ser feita pelo próprio colaborador, por conta própria. Contudo, há também a possibilidade de aluguel do espaço por parte das empresas. Há espaços que promovem aluguel de salas ou mesas para um grupo de trabalhadores ou para corporações. A proposta, além de mais barata, tem um contrato mais flexível. Ou seja, as empresas conseguem alugar uma mesa, por exemplo, por alguns dias na semana — o que favorece o modelo semipresencial.
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