Das 300 maiores varejistas do Brasil, analisadas pelo Ranking NOVAREJO Brasileiro 2016, 23 são redes alimentícias e fast-food. Entre 2014 e 2015, houve crescimento de 14,6% do faturamento dessas empresas, além de uma expansão de 20,7% no número de lojas do segmento.
Ranking NOVAREJO Brasileiro 2016O estudo aponta que este mercado é extremamente atrativo, mas difícil. Mesmo essencial por lidar com alimentação, também está sofrendo com a retração econômica nacional. Em junho de 2016, a inflação de alimentos atingiu 12,1% no acumulado em doze meses – está acima do IPCA geral de junho, que na mesma base de cálculo atingiu 8,8%, puxado principalmente por alimentos.
Ainda que a instabilidade preocupe, as oportunidades não são ofuscadas. Um anúncio recente, por exemplo, aponta que a rede americana de comida mexicana Taco Bell iniciará suas atividades no Brasil pelas mãos de Carlos Wizard. A Wendy’s, terceira maior rede de fast-food do mundo, também chegou ao solo nacional este ano (saiba mais na edição de setembro da revista NOVAREJO). O espaço para o crescimento das empresas existe.
A fundo
Um estudo inédito da Serasa Experian realizado para o Ranking NOVAREJO aponta que, entre 2014 e 2015, houve crescimento da mediana da margem Ebitda do segmento de Redes Alimentícias e Fast-Food. Ao mesmo tempo, porém, houve alta do endividamento dessas varejistas – mesmo com a melhora da margem, sua dependência em relação a capital de terceiros aumentou.
O Ranking também traça uma comparação entre a rentabilidade por loja e a produtividade por funcionário de cada rede do segmento. As principais redes, Habib’s e Mc Donald’s, possuem alta rentabilidade por loja (a primeira e a segunda maior, respectivamente), porém, apresentam uma produtividade por funcionário abaixo da média.
No quesito de produtividade por funcionário, o destaque fica para a Cacau Show. Apesar de ter a menor rentabilidade por loja do segmento, suas equipes reduzidas aumentam a produtividade.
Localização
As redes alimentícias distribuem suas lojas, principalmente, na região Sudeste (51%). A atuação dessas varejistas também é forte na região Sul (24,9%) e na Nordeste (13,5%).