A Lojas Renner mostrou, mais uma vez, que a palavra crise não está no dicionário da companhia. Em meio ao bolso apertado dos consumidores, a um cenário político deturpado, a uma desconfiança nos maiores níveis e às expectativas com relação ao futuro da economia embaçadas, a varejista de moda conseguiu aumentar o lucro líquido em 22,8% em 2015, na comparação com 2014 – um senhor resultado.
Ao todo, a empresa registrou lucro líquido de R$ 578,8 milhões, contra os R$ 471,4 milhões de 2014. “O desempenho da Lojas Renner, mais uma vez, reforçou nossa crença de que os diferenciais competitivos de uma empresa são caracterizados por estratégias claras e consistentes, executadas de forma disciplinada, por um time altamente engajado e com profundo conhecimento do cliente”, disse em relatório o diretor presidente da companhia, José Galló.
Em 2015, a Receita Líquida Total da empresa foi de R$ 6,1 bilhões. As ?vendas em mesmas lojas? registraram avanço de 10,8% – o que mostra que o crescimento tem base sólida e não é reflexo apenas da abertura de 49 lojas das marcas do grupo – Renner, Camicado e Youcom.
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Entre os principais projetos do ano está o de logística. Agora, o sistema de push-pull está em plena operação. Foi inaugurado o Centro de Distribuição de São José, em Santa Catarina. “Este CD e o já existente no Rio de Janeiro são únicos em termos de nível de automação no setor de vestuário no Brasil, devendo proporcionar ganhos de eficiência e competitividade para a Companhia, com uma distribuição mais eficiente e redução de markdowns”, disse Galló.
Outro fator que fez a empresa ganhar ainda mais eficiência para crescer em tempos complicados foi o Projeto Reatividade e o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores.
A parte financeira da companhia continua impecável. Há tempos a Renner foca em otimizar ao máximo os seus recursos para geração de caixa operacional. Para se ter uma ideia desse movimento, os níveis de estoque aumentaram apenas 1,7% ao longo do ano, enquanto o crescimentio das vendas foi de 17%.
“Mantivemos nossas políticas conservadoras de crédito e baixa alavancagem financeira. Foi com uma gestão pautada pela simplicidade e austeridade, com foco no produto e no aprimoramento da experiência de compra, que mantivemos as margens operacionais consistentes”, explicou Galló.
No quarto trimestre do ano, a empresa conseguiu aumentar os lucros em 15%, com crescimento de vendas em mesmas lojas de 4,5%.