A Cia. Hering conseguiu crescer no terceiro trimestre. Segundo resultados divulgados a pouco pela varejista, o lucro líquido da companhia cresceu 37,9% no período, para R$ 97,8 milhões.
O número veio mesmo com queda de 2,8% na receita líquida da empresa, que chegou a R$ 353 milhões de julho a setembro. Com isso, o Ebtida – lucro antes dos juros, amortizações, depreciações e impostos – caiu 26,6%, para R$ 54,8 milhões.
O período foi marcado pela inauguração da primeira loja da marca Dzarm. e retomada da expansão de lojas da marca após reposicionamento ocorrido no início do ano.
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As vendas, segundo a empresa, foram “afetadas ainda pelos efeitos da deterioração do ambiente macro e dos índices de confiança em 2015”. No trimestre, a companhia também seguiu com os ajustes em estoques e apresentam sinais de melhoria no abastecimento das coleções mais recentes.
Quando analisadas por canais, as vendas nas franquias segue com ritmo de crescimento, com alta de 1,3% no faturamento no trimestre. Esse crescimento é “explicado pelo melhor abastecimento frente a desestocagem de produtos antigos da marca Hering incentivada pela companhia, iniciada em maio e concluída em outubro e pelo menor conservadorismo nas compras, pela rede, das coleções de meia estação e verão quando comparado às coleções comercializadas no primeiro semestre”. O canal franquias representou 37,5% das vendas totais da varejisa no trimestre.
As vendas na Webstore da marca continua com bom desempenho, com aumento de 19,5% nas vendas no período – mas com apenas 1,9% de representatividade no total das vendas.
Já as vendas a clientes multimarcas caíram 6,3% de julho a setembro. Embora represente 48% das vendas totais da empresa, este canal tem perdido espaço trimestre a trimeste. A própria empresa diz que este é o “canal mais enfraquecido face à desaceleração do consumo”. Nas multimarcas, todas as marcas, em especial PUC, tiveram desempenho fraco.
Até o final de setembro, a Cia. Hering tinha 824 lojas, sendo 807 no Brasil, 18.263 varejistas multimarcas e 4 webstores.
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Considerando os resultados da rede de lojas da empresa, próprias e franquias, o desempenho segue fraco, com queda de 1,7%. “As vendas realizadas ao consumidor final foram adversamente afetadas pela desestocagem da rede iniciada em maio, que contava com incentivo por parte da companhia. O foco no giro de produtos de coleções anteriores ocasionou aumento do número de peças vendidas no trimestre com queda no preço médio, além de menor abastecimento de mercadorias da estação”, explicou a empresa.
As vendas no conceito mesmas lojas – aquelas abertas há mais de um ano – apresentaram retração de 4,3%, com queda mais acentuadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Apesar dos resultados negativos, a empresa segue confiante. “A despeito do ambiente mais árido para consumo, permanecemos confiantes em nossa estratégia de negócios e na retomada do crescimento da companhia a partir de um modelo de negócios diferenciado, marcas fortes e equipe de liderança coesa”.
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