O momento pós-pandemia está sendo visto por muitos líderes como um novo desafio de adaptação. Segundo a McKinsey & Company, importante consultora de negócios, CEOs e C-Levels (altos cargos) estão se deparando com um mercado diferenciado, que espera novos posicionamentos no mundo dos negócios.
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Assim, a partir de pesquisas, estudos de mercado e conversas com executivos das principais empresas do mundo, a consultora lançou o What matters most? Five priorities for CEOs in the next normal, relatório que indica o que eles precisam priorizar para manter seus negócios relevantes a longo prazo.
Cinco prioridades para os líderes no pós-Covid-19
De acordo com o relatório da McKinsey & Company, a pandemia de covid-19 evidenciou necessidades que nem sempre eram vistas como primordiais para o desenvolvimento de uma empresa. Com tamanhas mudanças, tópicos como sustentabilidade e valorização dos colaboradores se tornaram urgentes em todo o mundo e, por isso, a empresa de consultoria indica algumas prioridades que as empresas precisarão ter no pós-Covid.
“A maneira como essas cinco prioridades são implementadas varia de empresa para empresa, sendo que algumas serão mais importantes do que outras, dependendo do mercado. Mas acreditamos – e os executivos em todo o mundo com quem trabalhamos concordam – que dominar essas cinco prioridades aumentará substancialmente as chances de sucesso”, afirma o documento.
1. Sustentabilidade no centro dos negócios
A pandemia fomentou a discussão sobre mercados sustentáveis em todo o mundo e o relatório aponta o tema como a primeira das prioridades para o futuro. De acordo com a McKinsey & Company, “as empresas podem agir para garantir que a sustentabilidade seja mais do que uma palavra da moda. Uma possibilidade é considerar o investimento em tecnologias que sugam carbono da atmosfera. Dados os compromissos atuais e futuros, a preocupação com o clima será uma forma cada vez mais importante de criar vantagem competitiva”.
De acordo com os executivos entrevistados e as pesquisas realizadas para a formulação do relatório, em um futuro próximo, tanto investidores quanto consumidores buscarão por empresas que tenham ações reais de sustentabilidade em seu plano de negócios, sendo essencial para sua sobrevivência no mercado. “A sustentabilidade precisa ser feita tão sistematicamente quanto a digitalização ou o desenvolvimento de estratégias, porque será uma fonte importante de vantagem competitiva de longo prazo”, diz o relatório.
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2. Negócios na Nuvem
A digitalização e a tecnologia vêm sendo, há algum tempo, foco de desenvolvimento da maior parte das empresas, mas nem todas levam em consideração o “potencial Cloud” dessas inovações. “O potencial da nuvem para criar valor está claro há muito tempo, mas agora seus recursos estão se tornando cada vez mais necessários. Ao permitir velocidade e escala, a nuvem é imprescindível para a inovação”, aponta o report.
Uma gestão baseada em cloud computing pode trazer benefícios que atingem diversos setores do negócio. Por exemplo, usar sistemas em nuvem propicia melhores dados de analytics, que podem nortear decisões, além de tornar o negócio escalável a longo prazo e transformar o armazenamento em algo mais seguro e rápido.
Outro ponto apontado pelo relatório é a necessidade de as empresas investirem em capacitação de seus colaboradores para o uso desses sistemas em nuvem, para que seu potencial seja de fato benéfico.
3. Potencial humano
“O talento é o recurso natural mais importante e as empresas referências mostram como desenvolvê-lo”, aponta o documento. De acordo com a McKinsey & Company, negócios de sucesso conquistam bons resultados ao melhorar a experiência do funcionário, treinando e capacitando-os, valorizando talentos em vez de hierarquia e preenchendo necessidades por meio de treinamento e desenvolvimento. “A relação com os colaboradores precisará ser mais flexível, menos hierárquica e mais diversa. Como sempre, é o elemento humano que faz a diferença”.
Assim, uma das indicações da consultora de negócios é implementar ações em conjunto com setor de recursos humanos, visando criar um espaço de participação, em que os funcionários conseguem ter contato com C-Level, sugerir inovações e têm suporte da empresa para seu crescimento.
4. Agilidade e resiliência
Para a McKinsey & Company, a pandemia exigiu das organizações um trabalho mais ágil em meio a tantas mudanças. Agora, o momento é tornar essa agilidade em algo organizado e eficiente a longo prazo, tornando o negócio mais seguro e resiliente. “Pense na velocidade como um músculo a ser desenvolvido. Invista em novas tecnologias de colaboração. Antecipe mudanças na demanda. Concentre-se nos resultados”.
Segundo a consultoria, é preciso que essa velocidade em decisões e em tomada de ações torne-se algo incorporado ao dia a dia das organizações, tornando o trabalho mais inteligente e eficiente.
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5. Trabalho com propósito
“Os líderes precisam reconhecer que as pessoas querem um significado para suas vidas e seu trabalho”, aponta o relatório. Segundo a consultoria de negócios, pesquisas mostraram que empresas com um senso de propósito forte e definido têm vantagem competitiva frente a outras sem um objetivo claro.
Além disso, dados mostraram que funcionários que trabalham seguindo seus propósitos de vida dentro da empresa tornam-se mais leais, mais propensos ao sucesso e menos propensos a saírem da empresa. “Os funcionários querem trabalhar em lugares que tenham um propósito – e irão embora se não o encontrarem. As empresas que executam com propósito têm mais probabilidade de gerar valor a longo prazo. E as pessoas esperam que os negócios façam mais do que ganhar dinheiro para os acionistas”, aponta o documento.
As cinco prioridades indicadas pela McKinsey & Company foram criadas levando em consideração pesquisas de mercado e visão de executivos de todo o mundo. Além dessas cinco, a consultoria aponta que é essencial que as empresas levem aprendizados e mudanças aprendidas durante a pandemia para o futuro de suas organizações.
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