A instabilidade econômica do Brasil tem afetado também os primeiros investimentos das startups. Segundo relatório da Anjos do Brasil, o volume total de investimentos anjo no País cresceu 9% no último ano, mas acendeu sinal amarelo para as novas empresas brasileiras.
O investimento anjo é considerado importantíssimo para o funcionamento das startups. Com a verba inicial, as empresas conseguem dar os primeiros passos no mercado e, a partir de então, ganhar tração para oferecer suas soluções em escalas maiores.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
Cenário
Em 2016, estima-se que R$851 milhões foram usados como investimento anjo. O número é 9% maior do que 2015. Apesar do crescimento, o valor é menor do que o esperado. No período anterior, por exemplo, entre 2014 e 2015, o crescimento havia sido de 11%.
O número de investidores anjo também diminuiu. No ano passado, 7.070 investidores garantiram a primeira rodada de aplicações das startups no Brasil. O número é 3% menor do que em 2015.
Alguns dos motivos para o aumento também não são sustentáveis. É o caso, por exemplo, dos investidores que optaram por apoiar startups devido aos atuais retornos negativos em investimentos tradicionais, como Bolsa de Valores e setor de imóveis.
Campo favorável
Apesar do momento desestimulante, alguns fatores atuais favorecem o investimento anjo. Um deles é o fato de que, por ser de alto grau de inovação, as startups não dependem da situação econômica para crescerem.
O fator de o investimento anjo ser de médio e longo prazo, também favorece esse tipo de aplicação. Isso porque a expectativa do investidor é de que a crise já terá passado no momento do retorno da verba aplicada.