Após ser multado em 500 mil libras, o equivalente a R$ 2,4 milhões de reais, o Facebook vê sua cruzada perante a justiça longe de um final. Desde março, o Parlamento Britânico formou um comitê para investigar as ações da rede social no escândalo de vazamento de dados que envolve a agência Cambridge Analytica. O comitê divulgou aproximadamente 250 páginas de e-mails que circularam internamente pela empresa de Mark Zuckerberg.
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Os políticos britânicos destacaram que a troca de mensagens ocorreu entre executivos da companhia, incluindo Zuckerberg, que passaram acesso mais amplo aos dados de usuários a alguns programadores, de modo que cogitaram cobrar por isso.
Executivos da rede social também teriam levantado a possibilidade de um acordo com players como Netflix, Lyft e Airbnb na coleta de dados mais detalhados do que os que estão disponíveis para a maioria das empresas.
Vale destacar que o acesso aos documentos da organização foi disponibilizado no âmbito de processo movido contra a rede social pela Six4Three – companhia que desenvolve aplicativos nos Estados Unidos. A empresa foi aos tribunais contra o Facebook alegando que, desde 2015, as políticas de dados da rede social iam contra as melhores práticas de concorrência, o que acabava favorecendo algumas empresas em detrimento das demais.
De acordo com o jornal Washington Post, em um e-mail de 2012, Zuckerberg dá detalhes sobre a estratégia de negócios e sugeriu cobrar US$ 0,10 por ano pelo acesso a mais dados de cada usuário. As sequelas do escândalo se refletiram nas ações do Facebook, que apresentaram queda de 21,83% no mercado de ações norte-americano (Nasdaq).