Em abril, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu o pior nível histórico desde o início da pesquisa, em 2010, e está no limite do patamar de satisfação. A queda foi de 5,2% em relação a março (chegou a 100,1 pontos).
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no comparativo anual, a retração foi ainda maior, -16,4%.
O índice é apurado mensalmente pela instituição e varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima é apontado como satisfatório.
Para a Federação, a estimativa para os próximos meses é de que o indicador continue em queda em razão da inflação (que ultrapassa os 8% em 12 meses), da elevação dos juros e da tarifa de energia. O indicador pode atingir o patamar de insatisfação no próximo mês e comprometer as vendas do Dia das Mães.
Entre os componentes do ICF, a maior queda foi do indicador Perspectiva de Consumo, que em relação a março declinou 6,4% e atingiu 85,3 pontos, a sexta queda seguida e pelo quarto mês consecutivo abaixo dos 100 pontos.
O item Nível de Consumo Atual continua abaixo dos cem pontos pelo 27º mês seguido. O recuo mensal foi de 5,3% e somou 73 pontos. No entanto, a pior queda em termos de pontos foi do item Acesso ao crédito, que passou de 122,9 para 115,3 pontos e registrou baixa de 6,2%, o que demonstra uma significativa redução sobre a percepção da facilidade de obter financiamentos.
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