É uma prática bastante comum: pensarmos na tecnologia sempre a partir de um hardware, de um dispositivo que nos acompanhe e com o qual interagimos por meio de uma tela. Mas a Alexa tem um novo truque: desaparecer. Essa lógica também percorreu os desenvolvimentos iniciais das Inteligências Artificiais. Porém, vale a pena considerar que as IAs podem estar disponíveis para interação. Independentemente da tela, já que ela pode nos “ouvir”, pode sentir nossos movimentos e pode responder às nossas demandas.
Essa maneira de pensar a Inteligência Artificial extrapola enormemente sua capacidade e a faz acompanhar nossas vidas, em nossas residências, nos veículos, nos estabelecimentos comerciais, no trabalho e no lazer. Essa compreensão de buscar formas de conectar as IAs de modo conveniente com as pessoas, serve de inspiração para o trabalho da Amazon, notadamente no desenvolvimento da Alexa.
No Web Summit, o cientista-chefe da Alexa, Rohit Prasad conversou com Nick Thompson, CEO da The Atlantic para explicar como a ideia geral de ambientes inteligentes faz sentido a partir da conectividade do espaço com a IA. A premissa é integrar a Alexa aos ambientes de tal forma que a torne “invisível”, quase “onipresente”, sendo acionada somente quando precisamos. Ela se torna uma parte invisível de nossas vidas.
Inteligência Ambiental
Alexa tem uma responsabilidade incrível para milhões de pessoas no mundo. Foi assim que Nick Thompson iniciou o painel. Mas será que é possível perguntar se a IA consegue transforma essa quarta-feira num domingo?
Piadas à parte, o fato é que Alexa vem apresentando uma evolução impressionante desde 2014. O desafio inicial foi conceber uma tecnologia que fosse capaz de compreender nossas questões, emitidas pela nossa voz, não necessariamente captando nosso som a partir de um ambiente, mas como se fosse “onipresente”. Rohit afirmou que desde o início, a ideia central era tornar Alexa uma fonte de experiências emocionais e gratificantes. Do ponto de vista da experiência do cliente, Alexa vem oferecendo momentos realmente envolventes.
Mas como Alexa reconhece emoções atualmente? Segundo o executivo da Amazon, ela não é apenas uma assistente de IA, ela é uma companheira com domínio de funções cognitivas e tecnológicas, fazendo associações diversas a partir do acesso a diversas fontes de dados. Ela foi “construída” para estabelecer diálogos com as pessoas, a partir de intensas pesquisas que a dotaram da habilidade de interagir com as pessoas em qualquer ambiente.
Segundo Rohit, Alexa tem métricas diversas de satisfação, de acordo com as múltiplas experiências particulares das pessoas que interagem de milhares de maneiras distintas com essa IA. Porque Alexa foi desenvolvida para se adaptar ao usuário e não o contrário. Ela é realmente uma companheira que se empenha em responder às necessidades de cada um do modo apropriado.
Nick Thompson questionou como os cientistas da Amazon encaram o futuro que parece amedrontador a respeito da evolução das IAs. Mas segundo Rohit Prasad, os problemas mais complexos nessa evolução dizem respeito a atingir e atender expectativas cada vez mais ambiciosas.
É necessário investir cada vez mais na compreensão de auto aprendizado para que Alexa consiga antecipar o que esperamos na nossa rotina diária. Será que Alexa conseguirá nos prover informações acerca do que iremos encontrar em nossa vida assim que acordarmos e recebermos um bom dia da Inteligência Artificial? Imagine como processar contextos complexos e oferecer respostas e interações que façam sentido para nós diariamente.
Privacidade e segurança também fazem parte dessa evolução. Evidentemente, Alexa captura muitos dados e é capaz de reconhecer as pessoas facilmente a partir das interações.
Lembrem que Alexa se adapta a culturas e comportamentos locais, de tal modo que ela incorpora aprendizados e informações de consumidores em São Paulo, Chicago e Paris e que ela precisa dispor de sólidas camadas de segurança para evitar vazamento e uso inconveniente e perigoso das informações das pessoas.
Os desenvolvedores da Amazon veem o futuro com otimismo, confiando que cada vez mais pessoas ao redor do mundo possam se beneficiar das habilidades e das capacidades da Alexa. Ela tem condições de beneficiar milhões de pessoas no mundo diariamente.
Sem dúvida, a IA da Amazon é um dos experimentos mais ambiciosos da era digital e é inegável que ela vem ganhando poder para se adaptar a ambientes e situações diversas. Não está longe o momento emm que Alexa poderá nos apoiar em muitas decisões pessoais e profissionais. Aliás, já perguntaram para Alexa sua opinião e recomendação sobre o último sucesso do cinema?
*A cobertura do Web Summit é uma parceria da Consumidor Moderno com Oásis Lab.
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