Nem todas as pessoas sabem o que é inovação. E isso, claro, se reflete na dificuldade de trazê-la para dentro das empresas. Para debater esse tema, o Whow! Festival de Inovação reuniu quatro grandes nomes.
São eles: Allan Szacher, editor, curador e gerente de arte da Zupi, maior crossmedia de arte e criatividade do Brasil, Antonio Ventura, especialista em novas tecnologias, Juliana Feitosa, fundadora do Laboratório de Criatividade, e Rafael Melo, CEO do CroSoften Tecnologia e Inovação, empresa desenvolvedora de softwares e apps.
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Sob a mediação de Jacques Meir, diretor-executivo de conhecimento do Grupo Padrão, empresa idealizadora e organizadora do evento, eles debateram o tema “Inovação: todo mundo quer, mas a maioria não sabe o que é. Conceito e significado”.
Inovação versus invenção
“Inovar é resolver problemas e trazer dinheiro novo. Caso contrário, não é inovação, mas sim invenção”, disse Meir. Juliana completou dizendo que a inovação também deve, acima de tudo, gerar valor. E integrar pessoas. “É preciso colocá-las no lugar certo e fazendo a coisa certa. As pessoas precisam entender o porquê do trabalho delas. Crescer por crescer é o mindset do câncer”, disse Juliana.
A fundadora do Laboratório de Criatividade destacou ainda a importância de trabalhar o potencial criativo das equipes. “Ao longo da vida, diversos vilões inibem a nossa criatividade. E não podemos deixar que isso aconteça. Precisamos criar um ambiente propício à inovação”.
Crenças distintas
Meir levantou outro ponto fundamental para fomentar a inovação: conversar com pessoas que não têm as mesmas crenças que a gente. “Isso também serve para benchmark. Muitas vezes consultamos empresas com o mesmo mindset que o nosso e achamos que estamos no caminho certo”, disse Meir. “O primeiro passo é responder à seguinte pergunta: que problema você está resolvendo? Qual é o job to be done?”.
Ideias vazias
CEO do CroSoften Tecnologia e Inovação, Rafael Melo disse que recebe, por semana, cerca de 100 ideias. Quantas delas são boas? Poucas. “Muitas são repetitivas e sem pesquisa. As pessoas não compartilham suas ideias com medo de que elas sejam copiadas. Acham que têm uma ideia milionária, quando na verdade ela não tem valor quase nenhum”.
Especialista em novas tecnologias, Ventura reforçou que a única forma de validar uma ideia é vendendo. E alertou ainda que o grande diferencial não é a ferramenta usada pelas empresas, mas sim a forma como ela é utilizada e de que forma como pode aumentar a produtividade. “A gente já pensou em vender horas. Mas entendemos que, melhor do que isso, é vender ideias e experiências”, disse Sacher, da Zupi.