Depois de um ano de pandemia, o consumidor tem tido cada vez menos confiança. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) muito importante para avaliar o “humor” do consumidor brasileiro em relação às compras, condições financeiras e a situação econômica do país.
Quanto menor o valor total do ICC, menor é também a confiança do consumidor. O índice vai de 0 a 200 e em março deste ano, apresentou uma queda de 9,8 pontos. Dessa forma, o indicador chegou aos 68,2 pontos, menor valor desde maio de 2020 (61,1 pontos).
Sem expectativa de melhora
Segundo a FGV, o principal motivo para a queda do ICC está contido no Índice de Expectativa. Esse recurso mede a confiança dos consumidores para o futuro que, de acordo com a pesquisa, representou uma queda de 12,3 pontos.
Outro ponto bastante afetado foi a percepção das pessoas sobre a economia nos próximos meses, que caiu 15 pontos. Com as quedas, nota-se que os brasileiros estão mais temerosos com a renda pessoal e familiar, o que significa que o varejo perceberá uma queda no número de pedidos.
Um fator que pode ter contribuído para a queda da expectativa do consumidor foi o auxílio emergencial, que representou um respiro para o consumidor. Com um período ausente, retornando com o valor reduzido e disponível para menos pessoas, a expectativa para o futuro não se mostrou promissora, o que pode ter feito com que Índice de Expectativa caísse.
Situação presente
Para além da expectativa, outro fator que apresentou queda dentro do ICC foi o Índice de Situação Atual, que mede a confiança do consumidor com a situação presente. De acordo com o relatório, houve uma queda de 5,5 pontos para esse índice, atingindo 64 pontos.
Em um dos possíveis motivos para a queda, destacam-se os aumentos me itens básicos de consumo, como a alimentação por exemplo. Já se sabe que houve um aumento no valor dos alimentos em supermercados, o que contribui para a queda do índice. O ICC também destaca que os consumidores também estão insatisfeitos com a situação sobre as finanças pessoas no momento atual.
Para a economia, houve uma redução de 3,7 pontos em março, relacionados ao grau de satisfação com a situação atual. A retração implicou em um valor total de 70,3 pontos, menor da série histórica desde setembro de 2005.
A situação atual, de acordo com a pesquisa, acaba sendo muito sensível à situação do covid-19 e as notícias que circulam sobre hospitais e postos de saúde, bem como a redução da renda pessoal e familiar dos brasileiros.
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