A quantidade de empresas em inadimplência cresceu 3,42% em agosto quando comparado ao mesmo mês de 2016. Apesar do aspecto negativo, especialistas comemoram a desaceleração do indicador que registrou a menor alta para o mês em sete anos.
Na comparação mensal, houve uma leve queda de 0,29% no número de empresas com conta em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes. A leve retração aconteceu após duas pequenas altas em junho (+ 0,42%) e julho (+0,08%).
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
Os motivos para a desaceleração, segundo a SPC Brasil, que fez o levantamento, são restrição ao crédito e queda na intenção de investimento pelos empresários.
“Se por um lado, o recuo da atividade econômica provoca queda no faturamento das empresas e na capacidade desses empresários honrarem seus compromissos, por outro, os índices de inadimplência vêm crescendo em um ritmo menor em decorrência da maior restrição ao crédito e da menor propensão a investir. Com menos custos e menos tomada de crédito, há também menos endividamento”, explica por nota Marcela Kawauti economista-chefe do SPC Brasil.
Setores
As empresas de serviços foram apontadas como as mais devedoras do período (5,6%), seguido de indústria (2,29%). As companhias que atuam no setor de comércio ocuparam a terceira posição entre os devedores (2%).
O ramo do comércio foi o segundo setor que mais deixou de receber de outras empresas neste período, com alta de 4,83% em comparação ao ano passado. Indústria liderou o ranking, com crescimento de 6,27%.
Por região
Conforme o levantamento, as empresas do Sudeste impulsionaram o crescimento da inadimplência do País. A quantidade de companhias negativadas na região cresceu 3,64%. Em seguida aparecem no ranking as regiões Nordeste (2,88%), Norte (2,73%), Centro-oeste (2,38%) e Sul (2,35%).