A Amazon vê a IA generativa como uma tecnologia “que surge uma vez na vida” e que muda completamente o que é possível para clientes e empresas. A visão de Andy Jassy, CEO da empresa, sobre a IA generativa foi endereçada em um comunicado para todos os colaboradores da companhia ontem (17).
“O que começou como uma profunda convicção de que toda experiência do cliente seria reinventada com a IA e que experiências totalmente novas, com as quais apenas sonhávamos, se tornariam possíveis, está rapidamente se tornando realidade”, diz o recado.
Aplicação da IA na Amazon
Ele destacou o uso estratégico que a IA está causando no mundo e que se estende a praticamente todas as áreas de negócio, do atendimento ao cliente ao desenvolvimento de produtos e gestão de logística. Entre os exemplos citados por ele, está a Alexa+, uma nova geração da assistente pessoal da Amazon. A versão aprimorada promete ser mais inteligente, capaz de realizar tarefas complexas, além de fornecer respostas mais relevantes. Já no varejo, o executivo destaca o assistente de compras com IA é utilizado por milhões de consumidores ao redor do mundo, ajudando na descoberta de produtos e na tomada de decisão.
A empresa também expandiu seu ecossistema de recursos com ferramentas como:
- Lente, que permite identificar e comprar produtos a partir de fotos;
- Comprar para mim, que automatiza compras em sites de terceiros;
- Tamanho recomendado, que utiliza dados históricos e de marcas para sugerir o melhor ajuste de roupas.
Do lado dos vendedores parceiros, quase meio milhão de usuários já utilizam soluções baseadas em IA para otimizar páginas de produtos e campanhas publicitárias, estas últimas, aliás, graças à um novo pacote de ferramentas que permite planejar, integrar e otimizar anúncios com maior eficiência.
Na nuvem da AWS, o executivo também reforçou sua liderança. Com chips próprios como o Trainium2, serviços de treinamento e inferência como o SageMaker e o Bedrock, além do modelo Nova, a empresa oferece soluções escaláveis e com menor latência para desenvolvedores e grandes clientes corporativos.
As aplicações também chegam aos bastidores. A IA generativa está sendo usada para prever demanda, melhorar o posicionamento de estoque, otimizar a atuação de robôs e reconstruir o chatbot de atendimento. Os ganhos em eficiência e redução de custos são sentidos, com entregas mais rápidas e experiências mais intuitivas para os consumidores.
O futuro dos agentes autônomos
O próximo passo, segundo a Amazon, é a consolidação dos agentes de IA, sistemas autônomos capazes de executar tarefas em nome dos usuários. A expectativa é de que bilhões desses agentes passem a integrar o cotidiano das pessoas e das empresas, otimizando desde pesquisas e escrita de código até a organização de viagens ou a realização de tarefas rotineiras.
Esses agentes serão, na visão da empresa, catalisadores de inovação e produtividade. “Haverá bilhões desses agentes, em todas as empresas e em todos os campos imagináveis. Também haverá agentes que rotineiramente fazem coisas para você fora do trabalho, desde compras a viagens e tarefas diárias. Muitos desses agentes ainda não foram desenvolvidos, mas não se engane, eles estão chegando, e chegando rápido”, diz Andy Jassy em comunicado.
Transformação da força de trabalho com IA
Com o avanço da IA generativa, a Amazon antecipa mudanças também na estrutura corporativa. A expectativa é de que algumas funções sejam reduzidas à medida que os sistemas assumam tarefas repetitivas.
“À medida que implementamos mais IA generativa e agentes, a forma como trabalhamos deve mudar. Precisaremos de menos pessoas realizando algumas das tarefas que são realizadas hoje e mais pessoas realizando outros tipos de trabalho. É difícil saber exatamente onde isso se reflete ao longo do tempo, mas, nos próximos anos, esperamos que isso reduza nossa força de trabalho corporativa total, à medida que obtivermos ganhos de eficiência com o uso extensivo da IA em toda a empresa”, diz ele.
Por fim, o executivo fez um convite aos funcionários para explorar, aprender e colaborar com o uso da IA. A empresa quer promover uma cultura interna de experimentação, com workshops, treinamentos e brainstorms voltados para encontrar novas formas de servir o cliente com mais agilidade e inteligência. “Seja curioso sobre IA, eduque-se, participe de workshops e treinamentos, use e experimente IA” diz o CEO.