Por Celso Oliveira , country manager da MicroStrategy Brasil
A Black Friday acabou, mas o fôlego e o otimismo dos varejistas para o final do ano seguem em alta. Isso porque o perfil de compras de cada “evento” é distinto. No primeiro, geralmente compramos para nós mesmos. Priorizamos nossa “lista de desejos”: itens para casa, uso pessoal, pequenas vaidades. Já o Natal é um evento tradicional e focado no “outro”. Está ligado à troca de presentes. De todo modo, o importante é que as perspectivas são boas.
A Confederação Nacional do Comércio estima uma arrecadação de R$ 35,9 bilhões no final de dezembro, 4,8% mais do que em 2018. E assim como em qualquer data do ano, quem compra quer economizar; e quem vende, quer lucrar. O cenário é competitivo e, para destacar-se momentos com esse, os varejistas precisam estar preparados de diversas formas: estoque, boas ofertas, produtos diferenciados, um site responsivo que não demore para carregar, interface amigável, agilidade, entre outros pontos de atenção de curto, médio e longo prazo. E a HyperIntelligence e o Data Analytics podem ser uma parte disso.
A tecnologia é uma grande mola propulsora e têm muitas siglas e muitos conceitos que prometem (e conseguem) apoiar nesse sentido. Muito se fala de customer experience, conhecer o perfil do cliente, ter uma visão 360°, buscar formas de aumentar a margem e investir em soluções criativas e campanhas de marketing estratégicas que proporcionem o crescimento dos negócios. E por aí vai.
Penso que ter inteligência, ter estratégia, alcançar a capacidade de tomar decisões e corrigir rotas em frações de segundo é o que vai fazer a diferença realmente daqui para frente não só para quem vende, mas para quem compra também.
Na Black Friday, o varejo brasileiro online faturou R$ 3,2 bilhões em 2019, de acordo com a Ebit|Nielsen. O montante representa alta de 23,6% em relação à edição de 2018, quando as vendas somaram R$ 2,6 bilhões. E acredito que é para esse canal que os holofotes devem estar voltados no final do ano também.
O que é HyperIntelligence ?
Ter a capacidade de obter as respostas (antes mesmo de saber que precisa delas) e ter a inteligência dentro dos processos de negócio, sem ter que sair das aplicações que os usuários estão usando, com zero clique e de forma transparente e ubíqua são pontos que vão ajudar a fazer a diferença para os dois lados. Isso é HyperIntelligence.
Para isso serve o data analytics e 60% das empresas brasileiras já estão apostando nisso, segundo uma pesquisa da Hall & Partner. Com a tecnologia, os responsáveis pela operação de e-commerce, por exemplo, conseguem acompanhar tudo, a todo o momento, sem sair do fluxo de trabalho. Se eles estiverem no e-mail ou em uma planilha Excel ou numa tela de um ERP e precisarem saber se aquele produto que estava com desconto de 70% ainda está disponível em estoque, a informação vai saltar aos olhos deles, sem que eles tenham que parar o que estão fazendo para abrir um dashboard ou o BI.
Ou seja, enquanto você trabalha na planilha, os cartões com as informações disponíveis no BI simplesmente surgem, quase que do nada, ao passar o mouse sobre uma palavra. O nome disto: produtividade e efetividade das ações. E isto se traduz em um aumento significativo da vantagem competitiva das empresas.
Mas esse é um recurso que pode também ter outras aplicações. Dá para levar informações, em formato de cards, para o consumidor. E se você precisa vender mais, esse é o caminho que agrega um grande diferencial na experiência de compra, sem falar que agiliza a tomada de decisão de quem está sendo bombardeado por ofertas e quer aproveitar o máximo.
Imagine:
Um cliente que entra no e-commerce para comprar uma TV, sabe que quer a que tenha tecnologia mais avançada. Porém, ele ainda está em dúvida da marca, se o “seu” produto/preços são os mais vantajosos e, até mesmo, se o desconto é realmente de verdade.
É aí que você pode fazer a diferença:
Enquanto ele esta vendo a oferta, um card com informações adicionais e úteis surge. Esse card pode ter dados sobre quantas outras pessoas estão fazendo ou já fizeram a mesma escolha, as principais vantagens, outras ofertas com o mesmo custo x benefício e até sugestões de outros produtos complementares que estão com desconto aparecem na tela. Pode até trazer alguma informação gerada por um algoritmo de machine learning ou IA. Você agrega valor, melhora a experiência do cliente, fecha o negócio mais rapidamente e ainda cria a oportunidade de up e de cross selling.
Enfim, dá para dar milhões de exemplos de aplicações de HyperIntelligence e do data analytics, inclusive em lojas físicas e construídas em paralelo com outras tecnologias, como IOT, reconhecimento por voz, realidade aumentada. Câmeras dos apps apontadas para as prateleiras e os cards saltando com mais informações dos produtos fariam a diferença, concordam?
A Hyperintelligence e o data analytics servem não só para vender mais na Black Friday, mas também o ano todo, seja qual for o canal de vendas. Levar a inteligência a zero cliques para o dia a dia do negócio faz toda a diferença nos resultados e no processo de transformação digital.
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