Sabe aquela velha história de que sobra mês no fim do salário? Pois é, essa é uma realidade para boa parte das pessoas e já até vira piada nas rodas de conversa. Claro que é melhor rir do que chorar dos problemas, mas acredito que está mais do que na hora de nos posicionarmos melhor diante dessa situação.
Se sempre vemos que a conta não fecha, por que não mudamos o jeito de agir? É isso que proponho com esse artigo: vamos nos educar financeiramente. Chega de, ano após ano, ficar com as mesmas frustrações. O momento é de crise sim, mas é exatamente nos momentos de dificuldade que encontramos oportunidades de mudar e crescer.
Um dos aspectos que ressalto, então, é a readequação do padrão de vida. A princípio, parece um assunto chato, que vai diminuir substancialmente o poder de compra. Pode até ser, mas, em curto prazo, já é possível perceber que a mudança apenas vai diminuir o consumo impulsivo e compulsivo, trocando-os por realização de objetivos maiores, que agreguem mais valor à vida.
Conseguem perceber a diferença? Padrão de vida não é aquele dinheiro total que ganhamos de salário. Desse valor, devemos diminuir a quantia que será poupada para alcançar os sonhos e, então, o que sobrar é considerado seu real padrão de vida.
O sonho pode ser a compra de algum produto específico, uma viagem, a troca do carro, a aposentadoria tranquila. Enfim, são seus sonhos, você é quem decide.
Essa é a melhor maneira de realizar um bom diagnóstico financeiro, estabelecendo prioridades. Mas, para que todo esse processo não se perca e acabe se tornando uma verdadeira confusão, é preciso ser bem planejado. Saiba exatamente quanto custa cada um dos seus sonhos, quanto poderá poupar mensalmente para eles e, finalmente, veja em quanto tempo conseguirá realizá-los.
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Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira e terapeuta financeiro, e presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP.